Bolsonaro diz se orgulhar por Eduardo deixar Brasil
"[Ele] se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo, que cada vez mais avança em nosso país", afirmou o ex-presidente em evento no Senado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (18) que tem orgulho do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do cargo para passar uma temporada nos Estados Unidos.
"[Ele] se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo, que cada vez mais avança em nosso país", afirmou o ex-presidente em evento no Senado.
No governo de Bolsonaro, o então secretário de Cultura, Roberto Alvim, imitou um discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha. Ele acabou demitido pelo fato.
Bolsonaro também indicou que ele está ajudando a financiar a estadia de Eduardo nos Estados Unidos e que o atual presidente do país, Donald Trump, está "abraçando" seu filho durante sua temporada no exterior.
Bolsonaro afirmou que não sabe quanto tempo seu filho pretende ficar nos Estados Unidos e que não foi debatida qualquer possibilidade de Eduardo pedir asilo, mas que, se for o caso, ele pede e o Trump "dá imediatamente"
Já o irmão de Eduardo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que o deputado deixa o país para não ser mais uma vítima do "alexandrismo", se referindo ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que relata o inquérito da tentativa de golpe, o qual tem a família Bolsonaro como um dos alvos.
"A gente não está preocupado com as acusações, que ele sabe que ele não cometeu nada de errado. A gente está preocupado com quem vai julgá-lo e está evidente para todo mundo a cada dia que é um julgamento violento. E para fazer covardia e vingança, não é para fazer justiça", disse o senador.
"Ele sabe que aqui não tem mais democracia, então ele continua lutando pela nossa lá de fora", completou.
Eduardo Bolsonaro era um dos deputados cotados para assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, posto que agora deve ser ocupado por outro nome bolsonarista do partido.
"O partido tem bons quadros que podem substituí-lo. Agora o Eduardo Bolsonaro lá nos Estados Unidos fazendo o que ele está fazendo ali sim, ele era insubstituível por causa do relacionamento que ele construiu por vários anos, inclusive em proximidade com o atual presidente Donald Trump e sua família", disse Flávio.
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