Cruzeiro de três anos é cancelado e passageiros ficam sem lugar para morar
Viagem de 130 mil milhas náuticas (o equivalente a 240 mil quilômetros) seria feita pelo MV Gemini, que acomoda até 1.074 passageiros
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O que era para ser uma viagem de três anos a bordo de um cruzeiro que navegaria por todos os continentes do planeta se tornou uma dor de cabeça para os aventureiros que largaram tudo para embarcar no Life at Sea Cruises poucos dias antes da partida.
Depois de semanas de silêncio e alguns adiamentos da data do começo da viagem -que inicialmente seria no dia 1° de novembro, em Istambul, na Turquia, e foi passada para este dia 30, em Amsterdam, na Holanda- os responsáveis pelo cruzeiro disseram que não têm um navio e cancelaram a viagem.
A empresa disse que reembolsaria até fevereiro os passageiros que investiram de US$ 30 mil a US$ 110 mil por ano para viajar por 136 países, que garantiria acomodações até o primeiro dia de dezembro e que também pagaria as despesas com as viagens para a Turquia e a Holanda, de onde muitos dos clientes já esperavam a partida próxima.
O problema é que, nos preparativos para a viagem, boa parte das pessoas já havia vendido, deixado ou alugado suas casas, além de se desfazer de seus pertences, e agora não tem mais onde morar.
A viagem de 130 mil milhas náuticas (o equivalente a 240 mil quilômetros) seria feita pelo MV Gemini, que acomoda até 1.074 passageiros em 400 cabines -tamanho que evitaria grandes multidões mas seria grande o suficiente para oferecer todas as comodidades que os navios de cruzeiro maiores oferecem, como piscinas, spas, academia, restaurantes e bares com consumo livre.
Para atrair os nômades digitais, o navio ainda contaria com um "business center" com infraestrutura necessária para o trabalho remoto como 14 escritórios, duas salas de reunião, uma biblioteca e um lounge. Também seria possível receber a visita de amigos e familiares quando o navio estiver atracado. Tudo incluso no valor da reserva, sem cobranças adicionais.
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