Como atuava quadrilha que mantinha parceria logística com o PCC; jet ski foi encontrado em piscina
Escute essa reportagem
A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou nesta quarta-feira, 27, a Operação Harpia, para desbaratar uma quadrilha especializada no tráfico de drogas que tem ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e usa apostas online para lavar dinheiro.
Quatro pessoas foram presas. Outras duas já estavam presas, por outros crimes, em presídios de Contagem e Ribeirão das Neves, e vão passar a responder também por esse delito. Um procurado havia morrido no início de agosto, e quatro pessoas continuam foragidas. Na casa de um dos presos, em Belo Horizonte, havia uma moto aquática na piscina.
O nome dos investigados não foi divulgado, por isso a reportagem não conseguiu contato com seus representantes.
Segundo a Polícia Civil de Minas, a investigação começou em dezembro de 2024, quando uma mulher foi presa enquanto transportava cinco quilos de pasta-base de cocaína de São Paulo para Belo Horizonte.
Ao acessar o celular dela, com autorização judicial, a polícia descobriu que a mulher fazia parte de uma quadrilha que mantinha rotas de tráfico entre Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e o Paraguai. Outros supostos integrantes do bando foram identificados, e quatro foram presos nesta terça-feira: um em Juiz de Fora, outro em Esmeraldas, outro em Pirapora e um em Belo Horizonte.
O rapaz preso na capital mineira é o chefe da quadrilha, segundo a polícia. Ele tem 43 anos e em sua casa, no bairro Providência, havia uma moto aquática na piscina. O jet ski foi apreendido, assim como um carro, celulares e documentos. Segundo a polícia, esse rapaz atua como receptador, comprador, revendedor e transportador de drogas para a quadrilha.
Apesar da ligação com o PCC, a polícia ressalta que os criminosos não são integrantes da facção. “Não é um braço do PCC em Minas, o que ocorre é um acordo de logística e parceria para transporte e venda das drogas”, disse o delegado chefe da operação, Davi Moraes.
Para lavar o dinheiro do tráfico, o grupo usava apostas online, transações via Pix e contas em nome de laranjas. A quadrilha também dispunha de documentos falsos para visitas a presídios.
Comentários