Caos no Rio: Ao menos 4 universidades e 80 escolas suspendem aulas após operação contra o CV
A maiores universidades localizadas na cidade do Rio de Janeiro e mais de 80 escolas estaduais e municipais suspenderam as aulas nesta terça-feira, 28, por conta da violência. Ao menos 60 suspeitos e 4 policiais morreram durante uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV). A ação é considerada a mais letal da história do Estado.
Veja a lista das universidades:
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
- Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj)
- Universidade Federal Fluminense (UFF)
- Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio)
Em nota, a UFRJ explicou que acompanha com atenção a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha. “A orientação é para que as pessoas evitem a Ilha do Fundão. Já os trabalhadores, estudantes e usuários que estão no campus devem se manter abrigados nos prédios. As aulas noturnas estão canceladas nos campi da cidade do Rio de Janeiro e Duque de Caxias”, informou.
No comunicado da PUC-Rio que suspendeu as aulas, a instituição afirmou que a decisão foi tomada “em alinhamento com a orientação do Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio”.
Escolas fechadas
Procurada pelo Estadão, a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro informou que 35 unidades escolares da rede suspenderam as aulas nesta terça.
“Destacamos que os diretores das unidades possuem autonomia para abertura e fechamento dos colégios a fim de garantir a integridade dos alunos e servidores e que o conteúdo pedagógico será reposto”, explicou.
Também por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que, na região do Complexo do Alemão, 31 escolas foram impactadas. No Complexo da Penha, 17 unidades tiveram as aulas suspensas.
Professoras relatam pânico
“Os tiros começaram, pelo que ouvi, às 5 horas da manhã, mas teve gente que falou que começou às 4 e pouco. Estava escutando os tiros até ainda há pouco, agora está parando. Mas dá um pouquinho (de tiro) e depois para. De manhã estava demais, com barulho de bomba e tudo. Algumas casas foram destruídas com bombas. Cenário de guerra”, relatou a professora Suellen Gomes, de 30 anos, que mora na região.
A docente dá aula de Português em uma escola da região do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, e contou que a unidade de ensino não abriu nesta terça-feira. “A escola nem abriu. Nenhuma escola na região abre quando tem operação. A que dou aula fica na entrada da favela”, disse.
Ela afirmou que o clima na região é de tensão. Segundo Suellen, o comércio local está fechado e as ruas estão com pouca ou quase nenhuma movimentação.
Comentários