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Brasil

Brasileira atacada na Alemanha desabafa sobre racismo no país: "Crime de ódio"

Ativista brasileira e o namorado Dominik Haushahn foram alvos de ataques racistas e agressões físicas em março de 2023 em Berlim


Imagem ilustrativa da imagem Brasileira atacada na Alemanha desabafa sobre racismo no país: "Crime de ódio"
Dominik e Gabi |  Foto: Reprodução/Instagram Gabi

A ativista negra Gabi Monteiro desabafou sobre ataques racistas e agressões físicas que sofreu em um metrô de Berlim, em março de 2023. Ela estava com o namorado, Dominik Haushahn, no momento dos ataques. As informações são do G1.

Na ocasião, os dois viram um grupo de oito pessoas fazendo piadas sobre seu cabelo, provocando e humilhando a brasileira por conta da cor de sua pele. Na sequência, o namorado da carioca foi agredido fisicamente ao tentar impedir os ataques contra Gabi.

"Um grupo de 8 pessoas entrou e começou a rir alto, zombando de mim, fazendo comentários agressivos sobre minha aparência e meu cabelo. Quando um homem apontou a câmera do celular na minha cara e disse: 'Vou tirar uma foto dela'. Eu recusei, mas ele persistiu", contou ela em sua rede social.

"Todo o grupo começou a nos assediar e a ameaçar. O homem tentou mais duas vezes tirar uma selfie comigo. Após sua terceira tentativa, tentei tirar o telefone de sua mão. O grupo dizia coisas agressivas como: 'Em Berlim as coisas não são assim'. Então, na estação Alexanderplatz, a situação escalou completamente quando tentamos sair do trem", continuou o relato.

"Outros três homens do grupo perseguiram meu parceiro até a plataforma, atingindo-o com vários socos no rosco, até que ele ficou coberto de sangue. Os agressores só pararam porque um estranho interveio. Duas mulheres do grupo mantiveram as portas abertas para que pudessem escapar. Foi nesse momento que fiz as imagens de alguns deles", contou Gabi, que ressaltou que o ataque não deixou apenas marcas físicas nela e no namorado.

"Esse crime deve ser julgado pelos fatos ocorridos: racismo, sexismo e agressão física, pelos danos psicológicos, como depressão, ansiedade e medo que venho sofrendo desde então. Esses tópicos sensíveis estão presentes no cotidiano da sociedade alemã, e não dá mais para ignorar ou silenciar os fatos", afirmou ela.

"A Alemanha não pode continuar se vendendo como sociedade diversa que superou as atrocidades da propaganda nazista, e fechar os olhos para crimes como os que nós sofremos", desabafou a brasileira, que mora no país há cinco anos.

"A desumanização, objetificação e colocação de pessoas negras em um local de entretenimento não é uma ocorrência recente, mesmo antes de o regime nazista se estabelecer na sociedade alemã. A Alemanha é o país que eu escolhi para viver e me proporcionou momentos maravilhosos, mas há pouca discussão pública crítica sobre o que gera tantos crimes de ódio neste país. Não somos todos iguais. Devemos respeitar as diferenças de cada indivíduo. O grupo que nos atacou precisa aprender a tolerar e respeitar a todos", completou Gabi.

De acordo com o jornal alemão Berliner Zeitung, três dos oito suspeitos de atacarem o casal se entregaram à polícia no último dia 27 de fevereiro.

Confira a publicação da brasileira na íntegra:

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