Banco Rendimento mantinha ‘dez contas ocultas’ de fintech usada por organização ligada ao PCC

A Polícia Federal (PF) acusa outras duas instituições financeiras de abrigar contas da Tycoon Technology, empresa usada pela organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que se apoderou de parte do mercado de combustíveis do País.
O Banco Rendimento, segundo a PF, operou dez contas ocultas para a Tycoon, as quais, “ao que tudo indica, seriam de propriedade de terceiros”.
“Essas contas, somadas, movimentaram R$ 6.080.534,00 em transações com características típicas de lavagem de capitais”. O banco, segundo a PF, manteria um “hígido relacionamento” com a fintech e com a Duvale.
Segundo o delegado responsável pela investigação, “o Banco Rendimento também mantém conexões com o PCC (Primeiro Comando da Capital), tendo recém figurado como alvo da Operação Concierge, da Polícia Federal, que investigou lavagem de dinheiro do PCC por meio de contas-bolsão”, afirmou o delegado.
De acordo com ele, “não se pode olvidar que a própria Tycoon tem vínculos com o Banco Rendimento, instituição na qual a Tycoon mantém 11 contas correntes registradas".
Na época da Operação Concierge, deflagrada em 28 de agosto de 2024, o Banco Rendimento informou ao Estadão que seguia todas as regulamentações do Banco Central e órgãos competente, também aplicadas, segundo a instituição, desde o início de suas relações com outra fintech investigada durante a operação do ano passado, o T10Bank.
De acordo com o Rendimento, todas “as avaliações recomendadas” pelos órgãos de controle haviam sido executadas em sua relação com a T10Bank. Ainda segundo o banco, no momento da operação Concierge, ele não mantinha mais relações com a fintech.
A reportagem voltou a procurar o Banco Rendimento que voltou a afirmar que segue as regulamentações do “BC e órgãos competentes, também aplicadas desde o início da relação com a Tycoon”.
“No momento da operação realizada, o Banco Rendimento já não prestava mais serviços à IP (Instituição de pagamento) e, caso seja procurado, estará á disposição das autoridades para cooperar com as investigações”.
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