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Brasil

1 em cada 4 rodovias brasileiras está ruim ou péssima, aponta pesquisa

Levantamento analisou 111.853 km de vias pavimentadas, o que corresponde a 67.835 km da malha federal e a 44.018 km dos principais trechos estaduais


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1 em cada 4 rodovias brasileiras está ruim ou péssima, aponta pesquisa |  Foto: Leone Iglesias/ AT - 03/01/2024

Uma em cada quatro rodovias brasileiras está com seu estado geral ruim ou péssimo. A avaliação consta em pesquisa publicada nesta terça-feira (19) pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes).

O levantamento analisou 111.853 km de vias pavimentadas, o que corresponde a 67.835 km da malha federal e a 44.018 km dos principais trechos estaduais.

De acordo com a pesquisa CNT Rodovias de 2024, apenas 7,5% das estradas avaliadas tiveram o estado geral ótimo. O maior percentual de avaliação foi regular (40,4%). De todas elas, 25,5% foram consideradas boas.

Na comparação com 2023, diminuiu o percentual de estradas ótimas -de 111.502 km avaliados no ano passado, 7,9% tinham essa avaliação.

A maioria das vias brasileiras avaliadas é composta por pistas simples de mão dupla, totalizando 94.848 km, o que representa 84,8% da extensão total.

A pesquisa foi produzida em conjunto com o Sest (Serviço Social do Transporte) e com o Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte).

A classificação de estado geral compreende pavimento, sinalização e a geometria da via.

De acordo com os dados, a malha brasileira se estende por mais de 1,5 milhão de km. No entanto, somente 12,4% é pavimentada, o que corresponde a 213,5 mil km.

Apenas 2,7% das rodovias públicas, que correspondem a 74% da extensão avaliada, estão em ótimo estado. No caso das concedidas à iniciativa privada, o número cresce para 21,4%.

Na análise da pesquisa, a CNT estima que serão necessários quase R$ 100 bilhões em investimentos nas estradas brasileiras.

"A melhoria da infraestrutura de transporte é um processo de longo prazo, que exige constância e comprometimento", diz Vander Francisco Costa, presidente da CNT.

Segundo o documento de 225 páginas, os 45.263 km classificados como regular estão à beira de deterioração mais severa, exigindo manutenção urgente para evitar seu agravamento.

"Isso significa que, sem intervenções adequadas e tempestivas de manutenção, estes trechos possivelmente migrarão para as categorias ruim ou péssimo", afirma o relatório.

Também há uma predominância de desgaste em 55,8% da extensão total avaliada (62.278 km).

A pesquisa afirma que a má qualidade da condição da superfície do pavimento pode ser percebida facilmente pelo usuário da via, afetando diretamente o seu conforto, e pode estar ligada à ausência de manutenção.

Ao longo dos anos, aponta, a evolução da malha pavimentada tem sido insuficiente para acompanhar as crescentes demandas para escoamento da produção nacional e para abastecimento interno.

"Entre os anos de 2013 e 2023, considerando apenas as rodovias sob jurisdição federal, houve um aumento de modestos 2,2% das rodovias pavimentadas", diz a pesquisa.

De acordo com ranking da pesquisa, apenas oito rodovias são consideradas ótimas. Todas ficam na região Sudeste (sete são de São Paulo e uma do Rio de Janeiro) e somente a rodovia Dr. Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463), no trecho entre Ouroeste e Clementina, no interior paulista, tem gestão pública, ou seja, não foi concedida à iniciativa privada.

Não há nenhuma rodovia federal classificada como ótima.

A primeira colocada do ranking é a rodovia Raposo Tavares (SP-270), no trecho de 272 km entre Presidente Epitáfio e Ourinhos, também no interior de São Paulo.

Entre as estradas com piores avaliação, 22 foram consideradas péssimas, sendo que destas, sete são do Nordeste, seis do Sul e quatro do Norte do país.

No levantamento de pontos críticos, que abrange situações incomuns ao longo da via que podem representar riscos à segurança dos usuários, houve redução de 7,6% dos locais avaliados na comparação com a edição anterior da pesquisa, passando de 2.648 ocorrências, em 2023, para 2.446 em 2024.

O texto afirma que a necessidade de infraestrutura adequada torna-se ainda mais evidente quando comparada à de países vizinhos ou de dimensões similares.

Em termos de densidade de rodovias pavimentadas, o Brasil conta com aproximadamente 25,1 km, destas estradas por mil km² de território. Em contraste, aponta o documento, outros países da América Latina, como Uruguai, Argentina e Equador, apresentam, respectivamente, densidades de 43,9, 42,3 e 31,4 km por mil km² de área.

China, Estados Unidos e Austrália -países com dimensões similares às do Brasil-, por sua vez, possuem 477,0, 437,8 e 94 km de rodovias pavimentadas por mil km², respectivamente, também de acordo com o estudo da CNT.

RODOVIAS AVALIADAS COMO ÓTIMAS

Estrada - Estado - Início e fim - Gestão - Extensão (km)

Raposo Tavares (SP-270) - SP - Presidente Epitácio a Ourinhos - Concessão - 272

Rodovia dos Tamoios (SP-099) - SP - S. José dos Campos a Caraguatatuba - Concessão - 98

Engenheiro Paulo Nilo Romano (SP-225) - SP - Itirapina a Sta. Cruz do Rio Pardo - Concessão - 225

Rodoanel Mário Covas (SP-021) - SP - São Paulo a Arujá - Concessão - 137

Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) - SP - Cordeirópolis a São Paulo - Concessão - 157

Via Lagos (RJ-124) - RJ - Rio Bonito a São Pedro da Aldeia - Concessão - 57

Dr. Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463) - SP - Ouroeste a Clementina - Pública - 192

Marechal Rondon (SP-300) - SP - Castilho a Jundiaí - Concessão - 608

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