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Conteúdo Especial

Projetos de ensino, agroecologia e criação de abelhas

Parcerias preparam famílias capixabas para atividades que contribuem com restauração florestal


Imagem ilustrativa da imagem Projetos de ensino, agroecologia e criação de abelhas
Comunidades recebem projeto de incentivo a meliponicultura |  Foto: Divulgação

Cerca de 200 hectares de terra em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e recarga hídrica na bacia do rio Doce são alvo de restauração florestal em uma ação que envolve diretamente 140 famílias dos municípios de Águia Branca e Alto Rio Novo. 

Com a iniciativa, R$ 3,9 milhões serão destinados para a realização das atividades que incluem cursos, intercâmbios e ações de integração para as famílias.

A ação de recuperação ambiental é fruto de uma parceria entre a Fundação Renova e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), considerado uma das maiores ONGs do Brasil.

A proposta é elaborar um projeto executivo exclusivo e dedicado para cada propriedade familiar, que contemple as atividades de restauração florestal e produção sustentável.

O projeto vai oferecer assistência técnica para as famílias, auxiliando na elaboração de estratégias e alternativas para o desenvolvimento rural sustentável e a melhoria da qualidade de vida da comunidade. 

Além disso, serão abordados temas como a restauração de paisagens e a conservação dos recursos naturais com a participação de parceiros locais.

“É um trabalho de assistência participativa, sem imposições, para que os técnicos identifiquem as potencialidades locais e ouçam os proprietários sobre seus históricos de cultivo, habilidades e anseios”, comenta Antônio Sérgio Cardoso Filho, analista de Desenvolvimento Sustentável da Fundação Renova.

As atividades do projeto serão desenvolvidas ao longo de dois anos, nos assentamentos Rosa de Saron, Boa Esperança, Beija-flor e Lage.

Parceria promove curso técnico em Agroecologia

Imagem ilustrativa da imagem Projetos de ensino, agroecologia e criação de abelhas
Famílias capixabas recebem apoio para produção agrícola sustentável. |  Foto: Divulgação

Uma parceria do programa de Educação para Revitalização do Rio Doce da Fundação Renova com o Centro de Formação Maria Olinda (Ceforma) e o Ifes Campus Santa Teresa incentivam a educação continuada ao ofertar, aos moradores do assentamento, o curso técnico em Agroecologia para quem concluiu o ensino médio.

O curso visa formar profissionais que atuam em sistemas de produção agropecuária e extrativista baseados em princípios agroecológicos e técnicas de sistemas orgânicos de produção, com previsão de duração de 18 meses.

“Esse curso técnico é uma oportunidade muito importante de profissionalização. O Ifes é uma instituição de referência no Espírito Santo e essa parceria tem o propósito de formar uma inteligência técnica na temática da sustentabilidade. Sem dúvida, será uma formação de muita qualidade para contribuir fortemente para o desenvolvimento profissional desses alunos”, diz Eduardo Malini, analista de Educação, Cultura e Turismo da Fundação Renova. 

Além desse curso, já existem duas outras ações ligadas à Agroecologia provenientes de parcerias da Fundação Renova com cooperativas e centros de formação: os cursos de Formadores em Agroecologia, que visam preparar agricultores e agricultoras para trabalhar em suas áreas e contribuir na estruturação de assentamentos agroecológicos, e os cursos de Formação de Base, para preparar e organizar as famílias dos assentamentos para o modelo agroecológico de produção, tendo a Agroecologia Camponesa como foco.

Fonte de renda com produção de mel sustentável

Imagem ilustrativa da imagem Projetos de ensino, agroecologia e criação de abelhas
Apicultora realiza processos de manutenção em apiário |  Foto: Divulgação

A Fundação Renova criou o Projeto de Meliponicultura na Foz do rio Doce (PMFRD) para atender famílias impactadas direta ou indiretamente pelo rompimento da barragem de Fundão. Ao todo, serão investidos mais de R$ 1,7 milhão para atender essa demanda.

A iniciativa sustentável de geração de renda por meio da criação de abelhas sem ferrão é destinada à produção de mel e derivados, preservação das espécies e conservação da biodiversidade. 

As famílias que participam do projeto nas comunidades de Regência, Povoação, Areal e Entre Rios, em Linhares (ES), recebem, desde maio, as colmeias para criação de abelhas sem ferrão. Ao todo são 67 famílias inscritas nas quatro comunidades.

De acordo com Kadio Serge Aristide, analista de Programas Socioeconômicos da Fundação Renova, além da venda do mel, as famílias também poderão ter renda por meio da comercialização dos subprodutos. 

“A cera é muito utilizada para uso medicinal e estético. Atualmente, o pólen desidratado, rico em nutrientes, também tem sido vendido como complemento nutricional”, diz Aristide.

Em abril deste ano, os participantes iniciaram a capacitação básica para a meliponicultura. Além de fundamentos teóricos de ecologia de abelhas sem ferrão, o curso também ofertou a parte prática de manejo das abelhas, cuidados com a manipulação, alimentação e multiplicação de colmeias. Ao final da capacitação, os alunos recebem um certificado.

Cada família receberá até dez colmeias para iniciar as atividades de geração de renda e terá o acompanhamento de consultoria contratada pela Fundação Renova durante todo o processo.

Projeto irá recuperar 5 mil nascentes e 40 mil hectares de florestas

Cerca de 5 mil nascentes e 40 mil hectares de matas na região da bacia do rio Doce serão recuperadas

Imagem ilustrativa da imagem Projetos de ensino, agroecologia e criação de abelhas
Área de recuperação florestal que faz parte dos projetos da Fundação Renova |  Foto: Divulgação

Cerca de 5 mil nascentes e 40 mil hectares de matas na região da bacia do rio Doce serão recuperadas. O projeto da Fundação Renova irá investir no total cerca de R$ 1.7 bilhão na restauração florestal de áreas como medida compensatória pelo rompimento da barragem de Mariana, ocorrida em 2015, no estado de Minas Gerais.

De acordo com o Coordenador de Restauração Florestal da Fundação Renova, José Almir Jacomelli, já são cerca de 16 mil hectares de terra em que as ações de restauração foram contratadas, com empresas parceiras,  já trabalhando na implementação do projeto.

“As áreas que trabalhamos precisam virar floresta, essa é a meta. Depois de 6 anos do projeto iniciado no local, ele tem que ter todos os indicadores florestais demonstrando que houve de fato a recuperação da mata”, explica. 

André de Freitas, diretor-presidente da Fundação Renova, explica que dentro dos R$ 1,7 bilhão previstos para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos investimentos já foram firmados.

“Cerca de R$ 106 milhões estão previstos para serem destinados à reparação de 420 nascentes e 2,8 mil hectares nas bacias do Santa Maria (ES), do Piranga (MG) e do rio Corrente Grande (MG). Em maio, firmamos o investimento de R$ 135 milhões na restauração florestal da bacia do rio Guandu, que faz parte da bacia do rio Doce. Agora, anunciamos esses investimentos que beneficiarão diretamente mais três municípios capixabas”, afirma André de Freitas.

A FUNDAÇÃO RENOVA

A Fundação foi criada por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos Federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros.

Em março de 2016 foi definida como uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

CIDADES BENEFICIADAS E EQUIPAMENTOS PARA DEFESA CIVIL

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Produtores rurais beneficiados |  Foto: Leonardo Morais

A Fundação Renova apresentou o projeto de restauração florestal para o Estado com um investimento total de R$ 540 milhões. Esse valor faz parte dos R$ 1.7 bilhão totais a serem investidos no Espírito Santo e em Minas Gerais ao longo de 10 anos. 

Somente na bacia do rio Doce, no Estado, serão investidos cerca de R$ 350 milhões, beneficiando as cidades de Linhares, Colatina, Baixo Guandu, Marilândia, São Roque do Canaã, Santa Teresa, Rio Bananal, Pancas, Laranja da Terra, Afonso Cláudio e Brejetuba.

Além dessas metas e valores, será entregue uma Unidade de Tratamento de Água Móvel (UTM) para a Defesa Civil do Espírito Santo.

O equipamento, inédito no Estado, é avaliado em mais de R$ 330 mil e destina- se ao tratamento de águas superficiais e outros mananciais para atendimento emergencial, fornecendo água potável para a população, dentro das normas do Ministério da Saúde. 

Além da estação de tratamento, a Renova também tem investido em equipamentos de apoio para as defesas civis estadual e municipais de Sooretama e Linhares. São cerca de R$ 2,4 milhões que contribuirão para a compra de drones, alavancas, tablets, discos diamantados, esquadros, geradores, trenas mecânicas, pregadores pneumáticos, equipamentos tipo serra para corte de madeira, computadores e veículos, entre outros.

RENOVA TEM EDITAL PERMANENTE PARA PRODUTORES RURAIS

Além da contratação de fornecedores especializados, os produtores rurais participam diretamente do trabalho de restauração florestal. A Fundação Renova mantém um edital permanente para a inscrição voluntária de produtores e produtoras rurais de 66 municípios da bacia do rio Doce no Espírito Santo e em Minas Gerais que manifestem o desejo de colaborar com o projeto em Áreas de Preservação Permanente (APPs), Áreas de Recargas Hídricas (ARHs) e nascentes em suas propriedades. Até julho de 2022, mais de 1.700 inscrições haviam sido feitas, totalizando uma área de, aproximadamente, 25 mil hectares autodeclarados.

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Trabalho de Restauração: José Almir Jacomelli, Coordenador de Restauração Florestal da Fundação Renova |  Foto: José Almir Jacomelli

“A Fundação Renova faz a implantação e manutenção dos projetos de restauração, além de fornecer todos os insumos necessários para o cercamento das áreas. Além disso, prestamos assistência técnica operacional e apoiamos a inscrição da propriedade no Cadastro Ambiental Rural (CAR) — registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais”, explica José Almir Jacomelli, coordenador de Restauração Florestal da Fundação Renova.

Jacomelli destaca que o produtor rural fica responsável por manter a área protegida, e pode executar, ele mesmo, atividades de recuperação no terreno se assim preferir, recebendo uma remuneração por  serviço excetuado.

Após um ano de implantação, os produtores passam a receber um incentivo financeiro chamado Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), pelos próximos cinco anos.

O PSA é previsto no Código Florestal Brasileiro. No caso da Renova, o valor pago pode chegar a R$ 290,11 por hectare ao ano. Até o momento, já foram pagos cerca de R$ 707 mil por meio dessa modalidade.

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Informação sobre a foto:Evolução da área de propriedade rural localizada em Colatina (ES) |  Foto: Constelação de Satélites Maxar

TABELA:

  • 623 propriedades cadastradas e já participando do programa.
  • 40 mil hectares de áreas de Recarga Hídrica e APPs serão restaurados
  • 5 mil nascentes serão recuperadas em Minas Gerais e no Espírito Santo
  • R$ 1,7 bilhão será destinado para as iniciativas de restauração florestal
  • Cerca de 3.004 hectares de Áreas de Preservação Permanente e áreas de recarga hídrica em processo de restauração em Minas Gerais e no Espírito Santo
  • Mais de 607 propriedades rurais são parceiras nas ações de restauro florestal
  • Cerca de 1.301 nascentes estão com o processo de recuperação iniciado
  • Cerca de 875 propriedades rurais participam das ações para recuperação de nascentes