Aumento de tarifa questionado
“Por que as empresas de ônibus aumentaram as tarifas do sistema de transporte metropolitano, se não sofrem mais com assaltos, já que o valor é pago com cartão?”, questiona o empresário Marcos Aurélio Lima de Azevedo, que reside no bairro Santa Inês, em Vila Velha.
Segundo ele, além disso, mesmo diante da redução do número de assaltos a coletivos, os ônibus não contam mais com trocadores, o que, por si só, representaria economia com o pagamento se salários, férias e demais encargos trabalhistas.
“Com tanta redução de despesas, as empresas deveriam ter adiado esse aumento da passagem, uma vez que o índice de desemprego aumentou consideravelmente na pandemia. Moralmente, deveriam diminuir as tarifas, diante da economia gerada aos cofres de todas as empresas que integram o sistema Transcol, e não aumentar a passagem. Sem falar na elevação do pedágio”, destaca.
A Ceturb-ES informa que o aumento anual de tarifa, sempre no mês de janeiro, está previsto no contrato de concessão do Transcol.No contrato, está definido que os reajustes obedecem a uma fórmula de cálculo que leva em consideração custos como mão de obra, combustível, veículos e inflação.
Desde o último reajuste, em janeiro de 2021, a variação foi de 11,08% para salários; em média, 50% para o diesel; 16,92% para veículos; e 17,17% do IGP-DI. Os cobradores afastados não foram demitidos: foram remanejados para outras funções ou aderiram ao plano de demissão voluntária.
A Ceturb lembra ainda que a frota vem sendo renovada, com veículos equipados com ar-condicionado e tecnologia embarcada, como wi-fi, bilhetagem e câmeras, para melhorar a qualidade do serviço prestado.