Chefe de Poder é boicotado

A guerra que se estabeleceu após burburinhos de que Erick Musso (Republicanos) poderia ser o candidato do bolsonarismo ao governo do Estado no lugar de Carlos Manato (PL) voltou a ficar evidente, ontem, na visita do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O culto evangélico realizado, pela manhã, em uma área de eventos no aeroporto de Vitória, contou com a presença do presidente da Assembleia que tem estado bastante ligado às igrejas evangélicas.

Com o não comparecimento - por motivos óbvios - do governador Renato Casagrande (PSB) ao evento, o chefe do Poder Legislativo capixaba era a maior autoridade estadual presente, mas teria sido boicotado em três momentos: não pôde recepcionar o presidente e nem estar na sala vip com ele junto a outros políticos. Também não teria sido convidado a ficar no palco. Erick só teria subido em um determinado momento de oração.

Sem opinião sobre urna

No momento em que atendia a apoiadores na chegada no aeroporto de Vitória, a primeira-dama Michelle Bolsonaro procurou se esquivar de pergunta feita pela coluna sobre o que pensa em relação às urnas eletrônicas. “Tenho opinião sobre Deus. Ele é maravilhoso”, disse. 

O marido dela, porém, terá que explicar em breve sobre críticas à elas. 

Ignorou geral

Não bastasse ignorar a lei de trânsito ao pilotar moto sem o uso do capacete, o presidente Jair Bolsonaro também ignorou presente especial de um aliado capixaba. 

Manato mandou personalizar um capacete exclusivo para o presidente, que nem sequer teria o experimentado para depois tirar e ficar sem, como geralmente fica.

Raiz e não raiz

O também pré-candidato ao governo, Guerino Zanon (PSD), por sua vez, não encontrou obstáculos no acesso ao palco com Bolsonaro pela manhã. 

Perguntado pela coluna se teve problemas com políticos que se colocam como bolsonaristas raízes, o ex-prefeito de Linhares disse que não. “Não existe isso de raízes e não raízes. Trabalhamos um projeto para o País. Não é um projeto para o Guerino ou outro pré-candidato”, disse.

Só o Ratinho para resolver

O governo e a Prefeitura de Linhares têm reivindicado a “paternidade” de várias obras e ações na cidade. O que mais se vê são placas das instituições lado a lado. É a rivalidade Guerino x Casagrande às vésperas de iniciar a campanha de fato. Tem gente propondo irem ao Ratinho fazer o DNA.

Participação do PP em majoritária ainda discutida

Três dias após o presidente estadual do PP, Marcus Vicente, dizer com exclusividade para Plenário que o partido poderá apoiar a pré-candidatura ao Senado de Alexandre Ramalho (Podemos), o deputado federal Da Vitória (PP) contou que ainda se discute a participação da legenda na disputa majoritária. “Não existe inclinação de apoio a nenhum movimento de Senado. Ainda se discute a participação do Progressistas”, garantiu.

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Cotado

Da Vitória, que nunca se colocou como pré-candidato ao Senado, é cotado para ser o nome do governo na disputa. Nos bastidores, porém, Rose (MDB) estaria na frente na corrida para ser escolhida. 

Muita água para rolar

“Até o dia 15 no registro de candidatura é uma eternidade. Se fizer uma análise não só do Estado, as coisas se definem até o último minuto, então é importante termos cautela, prudência e aguardar a discussão do que as majoritárias vão definir no decorrer do período de convenção até o registro da candidatura”, diz Da Vitória. 

Também fora do palco

Quem também não subiu no palco onde estava o presidente e demais bolsonaristas, no aeroporto, foi a deputada federal Lauriete (PSC).

Ex-esposa

A parlamentar é ex-esposa do pré-candidato ao Senado, Magno Malta (PL), que por sua vez, estava agarrado no presidente.