Caso Mariana para inglês ver e julgar em um ano
Artigo publicado na edição deste domingo (16), do jornal A Tribuna
Dentro de um ano – dia 9 de abril de 2024 – deve começar o julgamento, na Inglaterra, de uma ação coletiva gigante, já com 700 mil assinaturas, que pede reparação de R$ 230 bilhões para os danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, que contaminou diversos municípios mineiros e capixabas banhados pelo Rio Doce.
Essa ação é tocada pelo escritório da Pogus Goodhead Brasil com representantes atendendo em Colatina e Linhares. A ação no Reino Unido decorre do entendimento de que a BHP Billinton, uma das donas da mineradora Samarco, é inglesa, e que os reparos feitos no Brasil, com intermediação da Fundação Renova, “não estariam à altura dos estragos”. O julgamento na corte inglesa deve durar oito semanas. Se prevalecer a famosa pontualidade britânica...
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...Reparação local
Já o processo de reparação, em Minas e no Espírito Santo, se desdobra em duas frentes: uma por meio do acordo feito com a Fundação Renova, que representa a Vale e repassa verbas às comunidades atingidas (pescadores e empresas de saneamento, principalmente), mas que é visto como “moroso e burocrático” por algumas lideranças municipais. A outra frente inclui governos, municípios e ministérios públicos, que reivindicam outras reparações causadas pelo desastre ambiental. O acordo quanto aos valores – fala-se em R$ 100 bilhões – está pendente.
Alfândega de partida?
Junto à bancada federal, em Brasília, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, defendeu empenho pela autonomia da alfândega no Estado, após a privatização do Porto de Vitória. Citou que em 2022 portos capixabas movimentaram
R$ 350 bilhões em mercadorias. “Não podemos aceitar que o escritório da alfândega agora vá para outro estado”, frisou.
Essas cidades...
Enquete acerca de cidades brasileiras com nomes curiosos inclui Sooretama, no Norte do Espírito Santo, no mesmo páreo de Sombrio (SC), Varre-Sai (RJ), Ressaquinha (MG), Não me Toques (RGS), Anta Gorda (RGS), Virginópolis (MG) e Xique-Xique (Bahia).
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Barraco em Iúna
A miss Iúna 2022, que perdeu a coroa ao ser flagrada brigando com outra mulher na rua, parece justificar a fama da cidade “tiro, porrada e tocaia”. O ex-deputado Vicente Silveira costuma apimentar o folclore de Iúna proclamando: “Quem é vivo lá, nunca fica de costas para a rua”.
Belchior em Colatina
No próximo dia 28, a cantora Vannick Belchior se apresenta em Colatina, na Praça do Sol Poente. A filha do famoso compositor cearense, autor de sucessos como “Paralelas” e “Como Nossos Pais”, se apresenta no mesmo local onde Belchior cantou ao público brasileiro pela última vez, em 2008, e depois sumiu pelo Sul e países latinos.
“Pouca gente sabe disso, daí a nossa homenagem com show da filha aberto ao público”, convida o prefeito Guerino Balestrassi.
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BLOCO NA RUA EM MAIO. O Festival Sérgio Sampaio 2023, com patrocínio do Sesc, será realizado em maio, ainda sem data. Normalmente, é promovido em meados de abril.
CÔNSUL DE CUBA. Pedro Monzón, cônsul de Cuba no Brasil, foi recebido no Tribunal de Justiça do Estado, depois falou no Triplex Vermelho sobre o bloqueio econômico que o País sofre.
FESTIVAL DE DANÇA. De 25 a 28 de maio, com 13 grupos, será realizado na Ufes o 2° Festival de Danças Populares de Vitória. O evento da Associação Cultural Andora tem apoio da Ufes e Vale.
LÁ EM LONDRES. Governador Renato Casagrande participa do Lide Brazil Conference, na capital inglesa, na próxima sexta e sábado. Ele vai falar sobre meio ambiente.
FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Voçorocas são o vírus do desmatamento, o precipício inesperado”. Entreouvido em salão de beleza, após imagem na TV de cidade maranhense à beira do abismo.
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