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AT em Família

AT em Família

Colunista

Redação jornal A Tribuna

Meu filho quer ser blogueiro. O que fazer?

| 04/10/2020, 18:47 18:47 h | Atualizado em 04/10/2020, 19:44

A revolução tecnológica deu origem a novas profissões que atuam online, como a de digital influencer. Nesse ramo, não apenas adultos se destacam. Crianças também conquistam uma legião de fãs virtuais e vêm fazendo muito sucesso na internet.

Para elas, que cresceram no mundo já conectado, falar sobre o dia a dia nas redes sociais e compartilhar dicas com os seguidores é como se fosse uma brincadeira.

Entretanto, de qualquer modo, quem deseja seguir a carreira de digital influencer mirim deve se dedicar e, principalmente, contar com a parceria dos pais, de acordo com especialistas.

Uma pesquisa publicada em 2018 constatou que cerca de 86% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos no Brasil são usuários de internet, um total de 24,3 milhões de pessoas nessa faixa etária.

Para atingir esse público, as empresas estão enxergando o potencial dos influenciadores mirins e vêm investindo neles, segundo a assessora de digital influencers Daieny Fasolo.

A especialista atua ainda com empresas que querem contratar digitais influencers e observa a demanda especialmente a partir de microempreededores.

“Os influenciadores mostram produtos e serviços, e como os utilizam. Mas o público da criança costuma ser formado por outras crianças. Ou seja, não é um público que compra, mas que tem muita opinião. Então gera visibilidade e reconhecimento para a marca. É diferente do adulto, que vê algo, gosta e consome.”

Daieny destaca que o trabalho das crianças tem particularidades se comparado ao dos adultos. A rotina exige compromisso, mas é mais leve e deve priorizar as necessidades dos pequenos, como os estudos e os momentos de lazer.

Psicóloga especialista no assunto, Daniela Morais considera que a carreira de digital influencer pode ser positiva para a geração mais jovem, mas diz que ela deve ser bem acompanhada pelos pais, já que também pode promover efeitos negativos.

“Existem o ônus e o bônus do sucesso. Por isso é importante acompanhamento psicológico para desenvolver o fitness emocional e aprender a não levar as críticas para o lado pessoal”.

“Os pais podem estimular o filho; se ele tem esse talento, deve ser aproveitado. Mas deve haver calma e equilíbrio para não depositarem uma expectativa e uma responsabilidade muito grande sobre o filho”, acrescenta Daniela.

Imagem ilustrativa da imagem Meu filho quer ser blogueiro. O que fazer?
Vitoria Costa, de 10 anos, com a mãe, a estilista Grasiela Martins. |  Foto: Dayana Souza

“Parceria”

Moradora de Cariacica, Vitoria Costa, de 10 anos, já coleciona mais de 130 mil seguidores no Instagram. A mãe, a estilista Grasiela Martins, 40, acompanha a filha de perto.

“Nós temos uma relação muito forte de confiança e conversa, mas há limitações. Eu filtro as mensagens antes de chegar nela. No feed que nem sempre consigo apagar tudo, então converso para ela não se afetar com os comentários negativos”, diz a mãe.

“Eu faço o que eu gosto e me sinto bem em saber que as pessoas me acompanham”, afirma a menina. “Tenho planejamento de horários, então sei quando é hora de gravar, estudar ou brincar.”

Crianças que fazem sucesso nas redes

Imagem ilustrativa da imagem Meu filho quer ser blogueiro. O que fazer?
Ryan, 9 anos

  • Youtube: Ryan's World

Cativou mais de 26,7 milhões de pessoas publicando experimentos, desafios e avaliações de brinquedos.

Imagem ilustrativa da imagem Meu filho quer ser blogueiro. O que fazer?
Julia Silva, 15 anos

  • Youtube: JuliaSilvaOficial

Começou aos seis anos e hoje seu canal tem mais de 4,75 milhões de inscritos. Para o público adolescente.

Imagem ilustrativa da imagem Meu filho quer ser blogueiro. O que fazer?
Juju Teofilo, 4 anos

  • Instagram: @jujuteofilo

A pequena consquistou mais de 1,9 milhão de seguidores com dicas de moda kids e muita diversão.

O que os pais precisam saber

Da criança

  • Ser digital influencer deve ser desejo da criança, especialmente as menores que são mais espontâneas.
  • Para fotos e vídeos ficarem bons, a criança precisa estar feliz.
  • Deve haver planejamento para definir horários de trabalho, considerando que a criança precisa se dedicar aos estudos e curtir a infância.
  • As crianças precisam aprender a lidar com críticas e reações negativas, então é recomendado ter acompanhamento psicológico.

Pais ativos

  • Os filhos são as estrelas, mas o sucesso depende muito do trabalho dos pais, já que são os adultos que estão “por trás das câmeras”.
  • Ao decidir apoiar o filho, pais devem estar cientes de que precisam dedicar tempo a isso.
  • Pais devem acompanhar de perto o que os filhos estão publicando e as mensagens que estão recebendo.
  • A criança fica sujeita a ações de adultos maldosos e comentários negativos de outras crianças.

Conteúdos

  • As pessoas buscam qualidade ao consumir conteúdos online, então deve se investir em equipamentos.
  • A criança vai criar conteúdos sobre o que ela gosta – e provavelmente seu público também, como brinquedos, roupas, estudos e passeios em locais que têm estrutura para crianças.
  • Os seguidores não surgem do dia para a noite. Leva tempo e requer publicações frequentes.
Fonte: Entrevistadas e pesquisa AT.

Análise - Gisélia Curry, psicóloga e especialista em pessoas e carreiras

Imagem ilustrativa da imagem Meu filho quer ser blogueiro. O que fazer?
|  Foto: Leone Iglesias

“Estamos na era das chamadas 'crianças influenciadoras', que só aumentam e muitas sendo estimuladas pela família.

A maioria das crianças que trabalha nas redes sociais é administrada pelos pais. Mas, além do acompanhamento dos responsáveis, essas crianças precisam de um preparo também psicológico.

Ganhar dinheiro trabalhando nas redes sociais pode parecer algo fácil. No entanto, a falta de maturidade pode provocar transtornos, uma vez que muitas não estão preparadas para absorver críticas, falhas, perdas e escolhas.

Consequências típicas do 'mundo dos adultos'.

Limites, preparo e acompanhamento são primordiais para que os pequenos possam ter maior segurança nesses trabalhos que os expõem constantemente.”

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