Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

AT em Família

AT em Família

Colunista

Redação jornal A Tribuna

Demissexual, talvez você seja e não saiba!

| 23/08/2021, 17:56 17:56 h | Atualizado em 23/08/2021, 18:50

Imagem ilustrativa da imagem Demissexual, talvez você seja e não saiba!
A Sexóloga clínica Flaviane Brandemberg diz que o interesse se dá através de algo mais profundo |  Foto: Kadidja Fernandes/at

A sexualidade se manifesta de diferentes modos, assim como a libido é despertada de forma distinta em cada pessoa. Para algumas, o desejo sexual só surge quando há forte conexão com o outro. É o caso dos demissexuais.

Diferente da maior parte das pessoas, demissexuais não sentem atração sexual pela aparência. Para elas, o interesse se dá através de algo mais profundo, como uma conexão intelectual, psicológica ou emocional com a outra pessoa.

Sexóloga clínica, Flaviane Brandemberg enfatiza que essa conexão não está ligada à identidade de gênero e muito menos à identidade sexual.
“Em uma sociedade tão sexual, assexualidade e demissexualidade precisam ser levadas mais a sério”, afirma. “Dentro do aspecto gigantesco do que é a sexualidade humana, falar sobre o assunto é importante para desmistificar tabus.”

O psicólogo Alexandre Vieira Brito explica que o termo “demissexualidade” é relativamente novo, então pode ocorrer de demissexuais não se identificarem assim.

Ele pondera que conceituar pode ser limitador em alguns casos e acolhedor em outros.

“O conceito ajuda a se identificar e saber que esse não é um problema. Também é importante explicar que demissexual não é o mesmo que assexual. O demi tem experiências que podem despertar o desejo envolvendo um vínculo.”

Muitas pessoas acabam confundindo ser demissexual com ser exigente ao escolher com quem se relacionar. Mas é diferente.

Ginecologista, sexóloga e colunista de A Tribuna, Lorena Baldotto explica que, nos demissexuais, o desejo é despertado de maneira mais característica.

“Diferente da maioria, eles têm interesses particulares, que não a atração física, porém também podem ter uma vida sexual ativa e de muito prazer.”

Lorena diz que, além da atração física, o interesse pode ocorrer por ligações sociais, gostos semelhantes e ideias parecidas.

Cobranças acabam virando um fardo

  • Demissexualidade

Os demissexuais não são pessoas tão sexuais, que são aquelas que sentem desejo só de olhar para o outro, como a maior parte da população. Podem ter uma vida sexual ativa, mas a atração sexual se dá através de algo mais profundo, como uma conexão intelectual, psicológica ou emocional.

A manifestação desse comportamento, o toque físico e o carinho também podem variar de demi para demi. Como a sexualidade, não é radical.

  • Não é “ser exigente”

O simples fato de ser seletivo não quer dizer que uma pessoa é demissexual. Também não está ligado a questões religiosas ou morais.

  • Não é identidade de gênero ou sexual

A demissexualidade não está envolvida com a identidade de gênero – ser homem ou mulher – e muito menos com a identidade sexual – ser gay, lésbica ou bi, por exemplo.

  • Autopercepção

Acontece de demissexuais não se reconhecerem assim, pois é um conceito relativamente novo e ainda pouco discutido.

Alguns até estranham que não sentem atração sexual da mesma forma que outras pessoas ao seu redor. Entender a demissexualidade pode ajudar a não se sentir estranho.

  • “Cobranças” alheias

Pode ser um fardo ter de lidar com cobranças da família, que questiona o motivo de não estar em um relacionamento, ou de amigos, que “ficam” com outras pessoas enquanto o demissexual não se envolve.

Essa orientação tem de ser respeitada e acolhida, pois a ansiedade em se adequar ao “padrão” pode gerar adoecimento.

Fonte: Entrevistados e pesquisa AT.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: