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Salas de aulas viram "laboratórios" com atividades lúdicas e atrativas

Escola municipal de Vitória mudou formato dos ambientes, com a sugestão de alunos, para torná-los mais lúdicos e atrativos


Imagem ilustrativa da imagem Salas de aulas viram "laboratórios" com atividades lúdicas e atrativas
Eliane Amorim mostra espaço lúdico com camarim e que ensina trânsito |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Nas salas de aula, nada de estudantes sentados o tempo todo, enquanto os professores de cada disciplina se deslocam entre uma turma e outra. 

Na escola municipal Eunice Pereira Silveira, de Tabuazeiro, em Vitória, são os alunos que, a cada mudança de disciplina, vão para salas ambientes, como se fossem laboratórios preparados e com materiais necessários para as matérias. 

A diretora da unidade, Eliane Amorim, contou que a mudança  começou a acontecer  após a escola passar a ofertar o ensino integral. 

“Se os estudantes iriam passar nove horas na escola, ela precisa ser um local agradável para eles. Por que não transformar as aulas e os espaços de  forma mais  atrativa?”

Para isso, a equipe da escola contou com a  ajuda dos próprios alunos, que participaram da elaboração do novo modelo.

Além das salas ambientes, a diretora contou que eles também foram protagonistas em pensar na destinação de espaços ociosos. 

“Para alunos menores, do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, foi feita uma brinquedoteca, com espaço para leitura, camarim e mercadinho. No chão, a imagem simula o trânsito. Os professores usam a sala conforme a necessidade para as aulas. É um espaço para brincar, mas com intencionalidade”.

Já para os alunos maiores, eles escolheram e projetaram um “lounge para estudantes”. No chão, a matemática é ensinada com jogos como  damas e xadrez, em que os próprios alunos são os “peões”. 

“Esse espaço também pode virar uma espécie de discoteca, no caso de aulas mais descontraídas. Tem também um canto de estudos, em que eles podem acessar os tablets e celulares para as aulas”.

O protagonismo dos alunos virou clube, e eles têm voz e representantes  para reuniões com a equipe pedagógica. O modelo já reflete de forma positiva na assiduidade, que é um dos focos hoje da direção. “Temos nos esforçado para conter a evasão escolar”. 

Este ano,  Eliane revelou que foi reforçado o controle de infrequência. “A cada falta do estudante, entramos em contato com a família. Com três faltas consecutivas sem justificativa, já adotamos outras medidas, como acionar o Conselho Tutelar ou Ministério Público. Lugar do estudante é na escola”. 

Com a medida, na primeira semana, ela conseguiu reduzir 33% das faltas. “Também estamos trazendo as  famílias para a escola, com reuniões, projetos e mostras culturais. Chamamos os pais para conhecer as salas, conversar com os professores e ver o que fazem ao longo das horas que passam aqui”.


O que a educação fez por mim

Bolsa para estudar em escola particular, por Sérgio Vidigal*

Imagem ilustrativa da imagem Salas de aulas viram "laboratórios" com atividades lúdicas e atrativas
Sérgio Vidigal |  Foto: Reprodução

“Nasci em Santo Antônio, Vitória, e iniciei meus estudos na escola Alberto de Almeida, no mesmo bairro. Depois de alguns anos, nos mudamos para Jardim América (Cariacica) e fui estudar  na escola  Professor Cerqueira Lima, que também era da rede pública. 

Na minha época,  existiam os exames de admissão para o ginásio. Eu passei e ganhei uma bolsa de estudos para o Colégio Americano Batista, no Parque Moscoso, em Vitória.

Estudei todo o ginásio até o segundo ano científico lá, mas, no terceiro ano, fui para o Colégio Nacional   para me preparar para o vestibular de Medicina.

Passei na Emescam e me formei em 1980. Depois de formado, fiz especialização em psiquiatria e passei a atuar no antigo hospital psiquiátrico Adauto Botelho e em clínicas psiquiátricas e de repouso. Mas minha mãe dizia sempre que queria um filho médico, para ajudar os mais necessitados, e um filho pastor. 

Então ela puxou minha orelha, pois disse que eu não estava cumprindo o compromisso a quem mais precisava. Por isso, eu fui para a Serra, atuar no pronto-socorro de Carapina.

Foi entre os atendimentos na Serra, que começou a ter uma procura cada vez maior, que a vida pública aconteceu.

Hoje, olhando a trajetória, agradeço muito aos meus pais, que sempre fizeram questão de incentivar os estudos.”

*Sérgio Vidigal, 65, é médico e prefeito da Serra

Da escola rural a três cursos superiores, por Damaso de Almeida Rangel*

Imagem ilustrativa da imagem Salas de aulas viram "laboratórios" com atividades lúdicas e atrativas
Damaso Rangel |  Foto: Reprodução

“Sou de Apiacá, mas comecei minha vida escolar em uma escola rural no distrito de Nossa Senhora da Penha, em Itaperuna (RJ). Na época, eu e meus irmãos íamos a cavalo para a escola, que tinha várias turmas em uma só sala.  Depois, aos 12 anos, nos mudamos para Bom Jesus do Itabapoana, onde estudei por um tempo. 

Quando tinha 15 anos, passei a estudar no colégio de São José do Calçado, e nós tínhamos de ir e voltar  de ônibus.  

De lá, prestei vestibular para a  Universidade Rural do Brasil (Seropédica, Rio de Janeiro), onde cursei Medicina Veterinária. Sempre fui persistente no que queria, por isso comecei a estudar para concursos. 

 Trabalhei na Secretaria de Estado da Agricultura e, depois, passei para o Ministério da Agricultura, onde me aposentei após 35 anos de serviço. 

Nesse meio tempo,  cursei Geografia, em Colatina, e iniciei o curso de Medicina em Valença (RJ). Depois, voltei para Vitória, tentando  a transferência. Consegui concluir o curso de Medicina na Ufes, em 1977. 

Atuei por anos na medicina depois de me aposentar no Ministério. Tenho orgulho do que a educação fez por mim e do que pude proporcionar aos meus filhos: um médico, um engenheiro e um odontólogo.” 

*Damaso de Almeida Rangel, 85, médico, médico veterinário aposentado e assinante de A Tribuna.


Opiniões

"O ensino precisa acompanhar constantemente as evoluções, além de saber como lidar com crianças e adolescentes que nascem imersas nessa realidade digital”

Thais Cruz, neuropsicopedagoga

"Vivemos um mundo em constante transformação. É preciso rever a metodologia e repensar o currículo para que as aulas façam sentido para essa geração”

Juliana Rohsner, secretária de Educação de Vitória

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