Medalhistas têm chance de obter bolsas de ensino
O reconhecimento em Olímpiadas do Conhecimento pode render para os alunos bolsas em projetos científicos e em universidades renomadas do País
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Muito mais que a medalha no peito, o reconhecimento em Olímpiadas do Conhecimento pode render para os alunos bolsas em projetos científicos e até mesmo em universidades renomadas do País.
Como aconteceu com a universitária Gabrielly Silva Vitor, 18 anos, que agora está cursando o primeiro período de Engenharia de Software no Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli), em São Paulo.
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“É uma faculdade particular, mas ganhei bolsa integral, além de moradia, notebook e curso de inglês. Minhas medalhas contribuíram muito para que eu conseguisse a bolsa, além de ser aprovada em outras faculdades, como UFABC (Universidade Federal do ABC) que passei para Engenharia Aeroespacial por meio de vagas para alunos que fizeram olimpíadas”.
Ela contou que participa de olimpíadas desde 2018 e recebeu medalhas de ouro e prata e menção honrosa na Olimpíadas Nacional de Ciências (ONC), além de ouro na Olimpíada Brasileira de Biologia Sintética (OBBS) e na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).
“Para quem quer trilhar o caminho das olimpíadas, estudem muito e não percam a oportunidade de fazer as provas. Conquistar medalhas é apenas uma consequência dos seus estudos. Elas são ótimas atividades extracurriculares, abrem um caminho para ingressar em faculdades tanto nacionais como internacionais, além de ser uma sensação maravilhosa receber esse reconhecimento!”, conta.
O professor do Ifes, Fidelis Zanetti de Castro, destaca que participar de Olimpíadas do Conhecimento oferece diversos benefícios para os alunos. “Os bons resultados nas competições trazem reconhecimento e prestígio e podem abrir portas para a conquista de bolsas de estudo e admissões em instituições renomadas. As olimpíadas também desenvolvem habilidades pessoais, como trabalho em equipe e resiliência”.
O coordenador nacional da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), Jean Carlos Antunes Catapreta, revela que existem várias universidades renomadas no Brasil que têm cotas para estudantes que tiveram bom desempenho em Olimpíadas do Conhecimento.
“Elas separam vagas para estudantes oriundos de olimpíadas, como a Unicamp, por exemplo. Temos também casos de estudantes olímpicos que foram aceitos em universidades fora do País, como o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e Oxford, nos Estados Unidos, por exemplo”.
Alunos com bom desempenho têm a chance de participar de projetos de iniciação científica ainda no ensino fundamental e médio e ganhar bolsas em dinheiro do governo federal todos os meses durante um ano de pesquisas.
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Programas de iniciação científica
Vagas olímpicas
Estudantes medalhistas ou com bom desempenho em competições de conhecimento de Matemática, Biologia, Física, Química, História e Robótica podem conquistar uma vaga em faculdades como Unicamp, Unesp e USP, sem precisar da prova de vestibular tradicional ou o processo do Sisu.
O aluno precisa ficar atento aos prazos e inscrições. Os feitos são avaliados por cada universidade.
Programa de Iniciação Científica
O Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) é um programa que propicia ao aluno do ensino médio premiado da Obmep entrar em contato com interessantes questões no ramo da Matemática. O aluno passa um ano por cursos a distância e presencial.
Só poderá ter bolsa o aluno que, durante a vigência do programa, estiver regularmente matriculado em escola pública da educação básica.
O auxílio para a iniciação científica é de R$ 700 e a iniciação científica júnior, para o ensino médio, é de R$ 300, pagos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Fonte: Obmep e governo federal.
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