Escolas públicas revelam talentos da robótica
Estudantes que são apaixonados por robôs se destacam na parte mecânica e na programação de suas invenções
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Longe de ser um campo restrito a inventores, cientistas e engenheiros, a robótica tem se expandido nas escolas e revelado talentos.
Na rede pública, estudantes já se destacam tanto na parte mecânica quanto na programação dos robôs. O objetivo é estimular não só o aprendizado da tecnologia, Ciências, Matemática, e outras disciplinas, mas também o desenvolvimento do trabalho em equipe.
O estudante Joanderson Rocha Reis, 14, é um dos talentos na área. No 9º ano da escola municipal de tempo integral Izaura Marques da Silva, de Vitória, ele escolheu a robótica como disciplina eletiva no ano passado e, neste ano, já tem ajudado os colegas nas aulas.
“Desde a infância, eu já gostava de brinquedos de robôs e de montar coisas. Quando surgiu a disciplina, logo me interessei”.
E Joanderson levou a sério. No ano passado, participou da montagem de uma roda gigante movida a energia solar, já que o tema eram energias renováveis. Além disso, com peças antigas que seriam descartadas, ele montou um guindaste. Agora, já tem planos de melhorar e adicionar motores.
O diretor da escola, Ivan Nyls Ribeiro Lana, contou que os projetos dos alunos foram apresentados no final do ano passado. O sucesso foi tanto que, neste ano, a disciplina teve quase 100 inscritos.
Na escola cívico-militar Coronel PM Orlady Rocha Filho, em Cariacica, os alunos também têm desenvolvido projetos de robótica.
Os estudantes do 7º ano João Pedro Meneguette Paquiela, 12, e Brayan Santana dos Santos, 12, e os alunos do 8º ano, Matheus Pereira da Silva, 13, e Júlia Ferreira Madeira, 13, participaram no ano passado da montagem e programação de robôs, em iniciativa extraclasse. Eles chegaram a ser apresentados em dois eventos fora da escola.
Brayan contou que sempre gostou da área de programação. “Costumo estudar em casa linguagem de programação, então geralmente foco nessa parte da equipe”.
Já Júlia revelou que gosta mesmo da área da montagem e mecânica dos robôs.
“Sempre gostei da parte da construção e das ideias. Em uma das apresentações dessa parte mecânica, fizemos garra, tesoura, patinete, entre outros elementos”.
Para João Pedro, o último ano foi de muito aprendizado e ele não pretende parar. “Gostava da parte mecânica, mas estou aprendendo a programar, o que tem sido muito interessante”.
“A robótica é uma atividade rica, pois desenvolve criatividade, capacidade de resolver problemas e de trabalhar em grupo Daniel Moreira dos Santos, Prof. de Matemática da Escola de Inovação
“A robótica educacional pode ajudar a desenvolver habilidades como resolução de problemas, pensamento crítico e colaboração. Também tem sido usada nas disciplinas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Matemática, Arte e até Educação Física. , Você Sabia?
robô de 1,32 metro
“Mundo novo de oportunidade”
Composta por 11 alunos de primeira à terceira série do ensino médio do Sesi Civit, escola da Serra, a Cyber One foi a única equipe capixaba que participou do campeonato FIRST Robotics Competition (FRC), que aconteceu neste mês em Brasília. Ela marcou presença com um robô de 1,32 m.
No evento, os robôs participantes tinham de cumprir algumas missões, como capturar cubos e cones e subir uma rampa.
“Foi muito bom, uma satisfação absurda. Os alunos viram um mundo novo, de oportunidades”, contou Carlos Raphael de Magalhães, professor de Geografia e Robótica.
aprendizado na infância
Gêmeos estudiosos
Apaixonados pela robótica, os irmãos gêmeos Yago e Yan Ferreira, de 14 anos, participam desde o ano passado da Escola de Inovação, de Vitória, onde têm realizado projetos. Um deles foi o de um robô, baseado em um carro. “Nossa equipe o programou para andar em um percurso. Ele tinha funcionamento por bluetooth”, contou Yago.
Segundo ele, o gosto pela tecnologia e por entender o funcionamento de aparelhos eletrônicos veio do pai, o tecnólogo em logística Marcelo Ferreira, 39, que também sempre teve interesse na área e já ensinava os filhos ainda na infância.
Alunos da escola municipal São Vicente de Paulo, de Vitória, eles já pensam agora em fazer um curso técnico na área.
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