'Foi difícil. Mas agora estamos aqui', diz Bell Marques sobre volta do Carnaval
Depois de três anos, uma legião de fãs fiéis do cantor se reencontraram com o Carnaval
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Os termômetros marcavam 30°C em frente ao Farol da Barra, em Salvador, quando o cantor Bell Marques tocou o primeiro acorde de sua guitarra e as cordas que cercavam do bloco Vumbora subiram.
Depois de três anos, uma legião de fãs fiéis do cantor se reencontraram com o Carnaval nesta sexta-feira (17), primeiro dia de desfile do bloco Vumbora no circuito Barra-Ondina.
"Foi difícil. Mas agora estamos aqui, felizes", disse Bell Marques do alto do trio antes, pouco antes de tocar a primeira música. Abriu o desfile com "Voa, voa", clássico dos tempos da banda Chiclete com Banana.
No chão, foliões carregavam faixas e cartazes em homenagem ao cantor com mensagens como "eternos bellzeiros" e até uma boneca caracterizada como "Maria Eunice", nome da nova música de trabalho do cantor.
Cinco trios elétricos já haviam desfilado no circuito Barra-Ondina, mas a multidão tomou a avenida apenas quando o veterano cantor, com 70 anos e 44 carnavais, enfileirou dezenas de sucessos da sua carreira.
Os desfiles no circuito Barra-Ondina começaram às 14h30, sob sol inclemente, com uma avenida ocupada por poucos foliões além de cordeiros e vendedores ambulantes.
O primeiro desfile foi do Projeto balancê, uma homenagem a cantora Gal Costa, que morreu em novembro do ano passado. As cantoras Carla Visi, Márcia Short e Ana Mametto tocaram sucessos da trajetória de Gal como "Festa do Interior", Gabriela" e "Canta Brasil".
Na sequência, emendaram "Brasil", música de Cazuza que fez sucesso na voz da cantora baiana nos anos 1980. "Esse é o Brasil de Gal", disparou uma das cantoras do alto do trio.
O segundo trio elétrico foi um projeto do TikTok, um dos patrocinadores oficiais do Carnaval de Salvador deste ano, que desfilou sob uma mistura de pouca liga entre a Timbalada e cantora Luísa Sonza.
A banda comandada por Denny Denan e Buja Ferreira, que completa 30 anos neste Carnaval, emendou sucessos como "Beija-flor" e "Camisinha". À frente do trio elétrico, um cercadinho reunia convidados que desfilavam com celulares em punho. Nas laterais, eram transmitidos vídeos de influencers da rede social.
Em seguida, desfilaram trios elétricos como cantor Lincoln e com o cantor JP Estourado. Menos conhecido, este último iniciou o desfile sem foliões à frente ou atrás do trio elétrico.
O intervalo curto entre os desfiles causou uma espécie de engarrafamento, com trios a pouca distância um do outro. Estacionado, o trio que seria comandado por Anitta tocava nos intervalos músicas de pop internacional, destoando do clima carnavalesco da rua.
A banda Psirico veio na sequência, aumentando a pressão entre os foliões que estavam na concentração no farol da Barra. Com o seu pagode percussivo, o cantor Márcio Vitor começou seu primeiro desfile no Carnaval deste ano pedindo licença.
"Axé para quem é de axé, amém para quem é de amém. Estamos de volta", disse o cantor Márcio Vitor antes de emendar a música "Firme e Forte", um dos maiores sucessos da banda.
Depois do desfile de Bell Marques, foi a vez do cantor Leo Santana entrar na avenida comandando o bloco Nana. No local, eram distribuídas plaquinhas em referência à música "Zona de Perigo", aposta do cantor no Carnaval.
Por entre os foliões, vendedores ambulantes circulavam com placas penduradas no pescoço. Em alguns casos, com o número de celular utilizado como Pix para as vendas. Outros carregavam placas com o QR Code em frente ao corpo.
No Pelourinho, o palco principal reuniu a cantora Baby do Brasil, um dos símbolos dos Novos Baianos, e o rapper Emicida.
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