A campanha do Fluminense no Brasileirão, disputando com São Paulo e Atlético/MG uma vaga no G-4, consolida a filosofia do seu departamento de futebol, que sofreu com os impactos financeiros trazidos pela pandemia da Covid-19, mas não soltou o leme durante a travessia do mar bravio.
A adoção da categoria Sub-23 em 2019, como etapa de transição para jovens revelados em Xerém e para maturação de jogadores trazidos de centros menos desenvolvidos, comprova que o dinheiro visto como “um gasto” para alguns, é na verdade “um baita investimento”.
Paulo Angioni, o executivo do futebol tricolor que idealizou, implantou e brigou pela manutenção do projeto, está mesmo de parabéns. Porque se há um clube que precisava encontrar uma forma inteligente de aproveitar a sua mão de obra qualificada, este era o Fluminense.
A usina de talentos de Xerém produz jogadores com tanta qualidade e precocidade que seria mesmo impossível abrigá-los no time principal sem que tivessem uma categoria profissional para maturar a personalidade e os dotes técnicos antes de serem lançados à vista de todos.
O desempenho de jovens como o volante Martinelli e os atacantes John Kennedy e Samuel, todos com idade entre 18 e 20 anos, nos 3 a 1 sobre o Ceará, na noite da última segunda-feira, no Castelão, não foi um acaso.
Os três participaram do Brasileiro de Aspirantes, terminado recentemente, e já haviam confirmado expectativas numa categoria onde o nível de competividade é mais pertinente ao da Série A do que com os dos campeonatos das divisões de base. E Marcão, que os dirigiu em boa parte da competição, já sabia muito bem disso.
O Fluminense é o único clube carioca a adotar a categoria de Aspirantes e, consequentemente, a disputar o Brasileiro criado pela CBF em 2010, mas só retomado e oficializado no calendário em 2017.
O clube não conquistou nenhuma das edições – o Internacional venceu em 2010, 2017 e 2019; o São Paulo levou em 2018 e o próprio Ceará em 2020.
Mas graças à ousadia, o técnico tinha em casa as peças que precisava para renovar o gás do time nesta reta final da Série A. Que os coirmãos, ainda que tardiamente, corrijam essa miopia ainda este ano.
Sobretudo Botafogo e Vasco, clubes que precisarão se reinventar a baixo custo em busca da recuperação do patamar perdido ao longo da última década. Mas isso fica para uma outra coluna...
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