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Entretenimento

Anna Hartmann: “Desistir nunca foi uma opção”


Imagem ilustrativa da imagem Anna Hartmann: “Desistir nunca foi uma opção”
Anna também interpretou a personagem de Patrícia Pillar jovem no seriado “Onde Nascem os Fortes” e já foi premiada como atriz revelação |  Foto: Foto: Fernando Piccoli / Divulgação


A estudante de Direito na plateia do teatro sabia que o seu destino era estar no palco. Então, Anna Hartmann largou tudo: faculdade, família, amigos, lar. Pegou suas economias e foi estudar nos Estado Unidos.

“Sentia que estava respondendo a um chamado, então não senti medo”, diz hoje a protagonista de “Reality Z” ao AT2. Logo que voltou ao Brasil, em uma de suas primeiras atuações no teatro, ganhou prêmio de atriz revelação.

“Foi como uma confirmação de que eu estava num caminho bom. Desistir nunca foi uma opção, mas o prêmio alimentou muito a certeza da minha vocação na época”, completa ela, que interpretou a personagem de Patrícia Pillar jovem em “Onde Nascem os Fortes”.

Atualmente, no seriado da Netflix, a atriz porto-alegrense de 30 anos é a heroína Nina, que se vê obrigada a enfrentar zumbis no Rio de Janeiro. E ela teria a mesma força da personagem?

“Nina e eu temos uma trajetória parecida: de uma postura tímida e resiliente, passamos por uma transformação que nos obriga a ter acesso à nossa força pessoal. Para Nina, foi um apocalipse zumbi. Para mim, a decisão de estar em cena”, analisa ela.

E qual será o próximo passo da bela? Ser protagonista de uma novela? “Ou antagonista”, diz Anna aos risos.


Anna Hartmann | Atriz “Eu tenho uma onda própria”


AT2: Como foi a estreia nos palcos? Sonho conquistado?
Anna Hartmann: Lembro dos segundos anteriores de entrar em cena pela primeira vez, na coxia do Teatro Oficina. Sentia que estava fazendo o certo, talvez pela primeira vez na vida. (Risos) Foi uma percepção muito consciente de que eu pertencia àquele lugar.

O que te conquistou em Nina de “Reality Z”?
Nina me conquistou na sua curva de heroína típica. Ela é tímida e vulnerável, atravessa provações e renasce como líder. Pude explorar nela todas as minhas referências de força feminina com as quais me deparei na vida, de pessoas comuns a personagens do cinema e de séries.

Viver uma protagonista é uma responsabilidade maior?
Sempre trabalhei todos os papéis com a mesma profundidade e afinco, mas a protagonização significa mais volume de trabalho, o que acarreta mais responsabilidade. Não tem como negar que a protagonização gera uma outra demanda de postura. É o tipo de desafio que eu amo abraçar. (Risos)

O próximo passo é ser uma protagonista de novela?
Protagonista ou antagonista. (Risos) Grandes personagens de novela sempre foram referência para mim.

Como se preparou para a Nina?
Nina é um tipo de personagem que eu sonhava em fazer, pois sempre me inspirei na força de heroínas, de Antigone a Lara Croft. (Risos) Vi tudo de zumbi que eu conseguia. Ao mesmo tempo, foi um trabalho de investigação no meu material pessoal para poder projetar nos zumbis os meus medos e em Nina, minha coragem e minha força. Tive que trabalhar a minha postura de heroína. Fiz Muay Thai por alguns meses, uma prática que adotei para a vida.

Acha que sobreviveria a uma invasão zumbi?
Já me fiz muito essa pergunta. Minha tendência é pensar que eu sobreviveria. Mas, na prática, não sei se teria a agilidade e o sangue frio de esmagar a cabeça de um zumbi. Por mais que tenham perdido a humanidade, eles habitam corpos humanos.

O meu ponto forte é: tenho preparo físico e a tendência de lutar até o fim. Mas devo admitir que ia ter muita dificuldade em lidar com os vivos. Como lidar com o desespero, o egoísmo e o pânico? E o pior: saberia eu lidar com o meu próprio pânico? Conseguiria atravessar a barreira do medo paralisador e agir?

Acho que essas questões são cruciais e eu só saberia respondê-las na prática, vivendo isso de verdade e, neste sentido, espero não ter nunca resposta para elas. (Risos)

E, em um reality show, sobreviveria?
Eu acho que seria aquela pessoa que ou sai na primeira semana, ou fica até o fim e pode chegar a ganhar. Eu tenho uma onda própria, faço amigos muito rápido, mas também posso ser ríspida e impaciente com coisas que me tiram do sério. Não saberia me calar diante de uma situação que revelasse uma injustiça ou uma intolerância. Não sei se sou política o suficiente para passar pano em situações, mesmo que, dentro de um esquema maior, possam me favorecer.

Que relação faria entre o apocalipse zumbi e o isolamento em que vivemos?
Historicamente, o isolamento é usado como forma de punição, e é óbvio que gera desdobramentos emocionais com os quais teremos que lidar por muito tempo. Vemos o mundo entrar em colapso, de forma que nossa intervenção individual se mostra pífia. Como num apocalipse zumbi, temos que nos organizar em torno de ações conjuntas em favor da vida.

Como está passando pelo momento de isolamento social?
É muito solitário e, ao mesmo tempo, revelador. Sempre curti ficar sozinha, mas agora sou obrigada. É diferente. A sensação de perda da liberdade e o desconhecimento do futuro podem ser aterradores. Me alimento da criação de colegas artistas através de lives, produtos audiovisuais e teatro on-line para me sentir bem.

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