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Coronavírus

A cada dez dias, coronavírus chega a mais 630 municípios


Três a cada cinco cidades brasileiras têm casos de Covid-19 e quase uma a cada quatro já registrou ao menos uma morte pela doença, revelam dados do Ministério da Saúde. O vírus tem ganhado território de maneira acelerada no Brasil. Entre abril e maio, em média, a doença se espalhou por cerca de 630 novas cidades a cada 10 dias.

Na terça-feira (19), ao menos 3.398 dos 5.570 municípios brasileiros tinham cidadãos com Covid-19.

Atualmente o Brasil é o terceiro país do mundo em número de infectados, atrás de Estados Unidos e Rússia. São mais de 310 mil registros, mas há problemas de subnotificação e carência de testes. Estudos estimam que o número real de casos pode ser mais de dez vezes maior.

A reportagem contabilizou os dados da doença até terça.

Entre os estados, 12 têm casos em mais de 80% das cidades. Em 7, há mortes em mais da metade dos municípios.

A região Norte tem o maior percentual de municípios com cidadãos infectados: a doença chegou a 78% deles. Também é onde se registra a maior incidência de casos e mortes.

Lá, mais da metade das cidades com óbitos tem taxa de mortalidade acima da média brasileira, que era de 9 a cada 100 mil habitantes na quarta (20). Ou seja, a região, para além de ter a doença em uma vasta extensão do seu território, tem lidado com proporções muito altas de vítimas.

Das 62 cidades do Amazonas, 18 têm mais de 30 mortos por 100 mil habitantes. Manaus tem 45,8 e, entre as capitais, perde apenas para Belém (PA) e Fortaleza (CE). Há 12 cidades do Brasil com mais de 1.000 infectados a cada 100 mil moradores, dessas 8 são amazonenses.

A campeã do país é Santo Antônio do Içá (AM), com 2.171 casos a cada 100 mil pessoas (ou um diagnóstico de coronavírus a cada 46 moradores).

Imagem ilustrativa da imagem A cada dez dias, coronavírus chega a mais 630 municípios
Leitos em hospital de campanha |  Foto: Rogerio Santana/ Governo do Rio de Janeiro

O estado foi o primeiro a ter seu sistema de saúde colapsado. Para dar conta do volume de mortes, a prefeitura de Manaus abriu valas comuns nos cemitérios e providenciou contêineres frigoríficos para armazenar cadáveres.

O Amapá, por sua vez, tem casos em todos os seus municípios e mortes em 88% deles. O sistema de saúde de Macapá entrou em colapso, e há pacientes mantidos vivos apenas com respiradores manuais.

Todo o estado, que apresenta a maior incidência de casos do país, entrou em "lockdown" na terça como tentativa de frear o avanço da doença.

Naquele dia, o Brasil pela primeira vez registrou mais de mil mortes por Covid-19 em 24 horas. No mundo, é o sexto em óbitos pela doença.

O "lockdown", que prevê aplicação de multa para o descumprimento de regras rígidas de distanciamento social, foi adotado em cidades de ao menos outros cinco estados.

Já Porto Alegre liberou na quarta-feira (20) a reabertura de shoppings, bares e academias. Para funcionar, os estabelecimento precisam respeitar normas de ocupação máxima, distância entre cliente e uso de máscara por frequentadores e funcionários.

A cidade gaúcha tem 1,6 morto por 100 mil habitantes, uma das menores taxas do país considerando as capitais. É no Rio Grande do Sul, porém, que está a cidade com a maior taxa de mortalidade.

Saldanha do Marinho, a cerca de 300 km de Porto Alegre, registrou 25 casos e 3 óbitos. Os números parecem tímidos diante dos quase 20 mil mortos no país, mas ganham dimensão quando comparados à diminuta população da cidade. Lá moram 2.650 pessoas, e 20% delas são idosas.

Como a Folha mostrou, 12 das 27 capitais têm mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI da rede estadual. Parte do sistema tem sido pressionado pela demanda de pacientes vindos do interior, onde os hospitais já estão lotados ou não têm infraestrutura para lidar com casos graves.

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