A estrela que cai...
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Muito se fala a respeito da terceira queda do Botafogo à Série B, consumada na derrota para o Sport (1 a 0), no Nílton Santos, na noite de sexta-feira (5). Normal, tanto pela história gloriosa do clube quanto pela variedade de equívocos cometidos por seus gestores. Mas, neste momento, é preciso separar as dificuldades de gerir uma instituição que convive com uma dívida que beira o bilhão de reais com o mau gerenciamento de um departamento encarregado de manter acesa a chama da paixão.
A queda do Botafogo, apesar de suas mazelas financeiras, está mais relacionada às escolhas erradas da governança do futebol, do que aos problemas estruturais da instituição. A principal delas (as escolhas erradas!), a meu ver, foi a a ausência de um “craque” no controle da pasta que é parte vital do organismo e cuja importância foi menosprezado desde a licença de Valdir Espinosa do cargo em 14 de fevereiro do ano passado - duas semanas antes de sua morte. A não reposição minou o gerenciamento, enfraqueceu ainda mais a estrutura.
Um mês antes, Espinosa me falava do quão difícil seria a caminhada alvinegra e, em especial, do quão espinhosa era sua missão diante de tantas armadilhas: elenco cheio de carências, orçamento comprometido, empresários ofertando “craques de ocasião” e torcida cobrando performance de campeão - como deve ser. Com a perda de Espinosa, a estrela que emprestava sabedoria e vontade de servir ao Botafogo, o futebol ficou dividido entre cartolas que pararam no tempo e conselheiros digitais, os chamados de “influencers” .
E este duplo comando não foi capaz de enxergar o básico, que era a necessidade de se ter um profissional de mercado à frente da engrenagem, ditando regras, estabelecendo normas e potencializando as receitas do departamento. O Botafogo não teve nada disso. Pelo contrário: sequer teve competência para proteger e manter a excelência competitiva da dupla Paulo Autuori e Renê Weber - o pouco que lhe restava para enfrentar o ano pandêmico. E acabou se afundando em escolhas estapafúrdias.
Durcésio Mello, o presidente eleito no final do ano, tem a missão agora de fazer com que os torcedores do clube não se deixem levar pelo discurso apocalíptico dos pessimistas. Principalmente os que tentam usar como exemplo o Cruzeiro dos dirigentes enrolados com prestações de contas à polícia. O ano será difícil, sim, com recursos ainda mais escassos, mas com ordem e um pouquinho de competência na gestão do futebol, o Botafogo conseguirá estar de volta à Série A em 2022....
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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