O que aconteceu e o que ainda nos aguarda no mundo digital
Leitores do Jornal A Tribuna
Vivenciamos a primeira pandemia da humanidade em uma era digital. Esse trágico evento, apesar de ainda não ter acabado, já transformou definitivamente muitos hábitos e principalmente digitalizou ambientes e pessoas que ainda se mantinham resistentes.
No Brasil, uma pesquisa da Dentsu Aegis Network, multinacional especializada em comunicação digital, aponta que 87% das pessoas pretendem fazer compras on-line nos próximos 12 meses.
De fato, agora, consumidores e público estão muito mais tempo conectados à web, papeando, pesquisando, comprando ou interagindo através das dezenas de canais disponíveis.
Vários recursos, antes inimagináveis via digital, foram autorizados ou viabilizados, como consultas médicas on-line, autenticações de documentos digitais em cartórios, ou ainda o trabalho remoto agora instituído de fato no mercado de trabalho.
Segundo pesquisa da Agência Brasil, 29% das empresas entrevistadas pretendem manter o home office para pelo menos 50% do quadro ou até todos os funcionários após a pandemia.
Outra grande mudança sem volta é o pagamento via smarthphones que terá um aumento de mais 28% até 2024, segundo a pesquisa da Statista. O distanciamento físico forçou a redução das transações com dinheiro, e a praticidade dos pagamentos digitais trouxeram um caminho sem volta, agora reforçado com o Pix.
Vale lembrar que o WhatsApp está em 95% das linhas telefônicas que usamos e, através dele, comerciantes e lojistas, além de se relacionarem, têm vendido imensamente para seus clientes. Isso salvou muitos negócios!
Em relação às mídias sociais no Brasil, já somos 100 milhões de pessoas conectadas, segundo a Statista e a HootSuite, plataforma de gerenciamento de mídias sociais (2020). Houve um aumento de 58% no uso diário. Só assim algumas empresas se mantiveram na ativa, vendendo, mantendo e gerando os empregos.
O resultado no Brasil, segundo o relatório da HootSuite, é de que 61% dos consumidores aumentaram seu volume de compras on-line (46% aumentaram mais de 50% do volume de compra em geral).
Acompanhar os avanços das tecnologias e da web é superimportante na gestão de marca de uma empresa, e as estratégias de marketing devem contemplar esse posicionamento digital. Além de fortalecer a marca, mantendo-se presente na mente dos consumidores, é importante encarar esses canais como canais de vendas, para alavancar e gerar demanda. Sem esquecer, é claro, a empatia e o relacionamento, características principais da navegação nas redes sociais.
Nesse cenário, as tendências devem se acentuar ainda mais em 2021. É fundamental estar preparado para sua empresa ou marca não ficar ultrapassada e obsoleta. Não estamos mais falando de opções, mas de sobrevivência. A pandemia vai passar, mas novos comportamentos vieram para ficar, então bora nos preparar para o futuro que já começou!
Rafaela Andrade é mestre em comunicação.
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