VÍDEO | Jovem é morto e dois são baleados em baile funk clandestino em Vila Velha
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Um baile clandestino com mais de mil pessoas virou cena de crime na madrugada desta segunda-feira (21), em Alvorada, Vila Velha. Um jovem morreu e outros dois foram baleados depois que criminosos em uma motocicleta passaram atirando, por volta das 4h.
Testemunhas relataram que dois suspeitos em uma motocicleta preta passaram pela multidão e atiraram, fugindo pela avenida Carlos Lindenberg no sentido Centro de Vila Velha.
Um jovem identificado como Vinícius, de 26 anos, morreu com um tiro nas costas. Outros dois, de 23 e 30 anos, também foram atingidos e socorridos para o hospital. O mais novo levou um tiro no calcanhar, de acordo com a polícia.
Aglomeração
Segundo moradores, o baile clandestino acontece há cerca de um mês, todos os finais de semana. "Eles começam de sexta para sábado, depois de sábado para domingo e por fim de domingo para segunda. Começam às 1h30 e vão até as 7h. É muita bagunça, som alto, uso de drogas e bebidas", desabafou um motoboy, de 29 anos, que não quis se identificar.
Cerca de quatro carros com caixas de som costumam estacionar no posto, enquanto os jovens vão chegando. A fila de veículos parados pela avenida também é grande. "É muita muvuca, até o dia amanhecer. O pico costuma ser às 3h30, quando junta mais de mil pessoas. A polícia vem, dispersa, mas meia hora depois eles voltam e aglomeram novamente", relatou o motoboy.
Na madrugada de domingo, por volta de 1h, várias viaturas estiveram no local, como mostra um vídeo feito por moradores. O problema é que, quando os militares vão embora, os jovens voltam para o posto. De acordo com testemunhas, a polícia chegou a ir até o baile também na madrugada de segunda, mas a multidão se juntou novamente.
Vídeos feitos na semana passada mostram a quantidade de jovens e adolescentes no evento, mesmo em meio à pandemia da Covid-19. "Acho que deveria ter um policiamento a mais para não deixar isso acontecer, porque está virando rotina. Tem empresas, comércios em volta, e o medo dos proprietários são as brigas e vandalismo", ressaltou o motoboy.
O gerente do posto de gasolina disse que não estava autorizado a dar informações. A prefeitura de Vila Velha também foi questionada, mas, até a publicação desta matéria, não tinha se pronunciado.
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