"Traição entre amigas: "dramédia" com Larissa e Giovanna Rispoli
Filme de Bruno Barreto aborda amizade, amadurecimento e escolhas na transição da adolescência para a vida adulta
Formatura, peça de teatro na escola, planos para perder a virgindade. O novo longa de Bruno Barreto, “Traição Entre Amigas”, explora esse clima de fim de adolescência e começo de vida adulta, apoiado numa dupla de atrizes de sucesso, sobretudo entre o público jovem.
Larissa Manoela e Giovanna Rispoli interpretam as melhores amigas Penélope e Luiza, que terminaram o ensino médio em Curitiba. Enquanto a primeira, extrovertida, inicia uma carreira como atriz e já transou, a segunda, tímida e ainda virgem, escreve e compõe músicas românticas.
Até que, claro, Penélope transa com o carinha por quem Luiza está apaixonada, e a separação das “BFFs” transforma de maneira definitiva a trajetória das duas.
Penélope vai tentar a carreira de atriz em Nova Iorque, Luiza faz sucesso com um canal no YouTube em que posta suas canções. Em sintonia com as “dramédias” populares do streaming, o filme passa por uma série de situações bem típicas de narrativas centradas nessa etapa da vida.
Em Nova Iorque, a chegada ao novo lar – um apartamentinho mofado –, os trabalhos para pagar as contas, a primeira transa com uma garota. Em Curitiba, o primeiro namoro de Luiza, com um médico de Morretes que faz residência em pediatria, “um partidão”.
Até aí, tudo bem. O problema são as escolhas da direção quando as coisas começam a não dar certo. Como perdoar o boy lixo que posa de bom moço, mas leva uma vida dupla (ou tripla)?
Como ouvir discursos de uma mãe preconceituosa que diz que toda mulher fica melhor quando está ao lado de um homem? Como reagir quando, na entrada da clínica de aborto, surgem bandeiras em favor da “preservação da vida”? Essas situações merecem discussão e é louvável a atitude de levá-las à tela grande.
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