Resgatando o vínculo com a natureza
Projeto promove o encontro da criança com a terra, por meio de experiências sensoriais com o solo, plantas e alimentos

Atualmente, as crianças têm pouco acesso à natureza, à terra, à água. Por que deixá-las entre quatro paredes, se necessitam desse contato?
Foi buscando fortalecer esse vínculo que a Uirandê Educação Infantil implantou, há três anos, o Mãos na Terra, projeto desenvolvido com crianças de 1 a 5 anos que proporciona uma série de experiências sensorias.
O contato com o solo, com as sementes, com as plantas, os alimentos, resgata o vínculo com a natureza e desenvolve a consciência ambiental. Isso tudo favorece o sentimento de pertencimento ao planeta.
Além disso, o projeto também estimula a curiosidade, a criatividade e as funções motoras. Melhora também o sistema imunológico, desperta o desejo de cuidar e assim o de humanizar, explica Dina Lúcia Fraga, coordenadora pedagógica da Creche Uirandê.
“Porque cuidando da terra, a criança também entende a importância do cuidar de si mesma, do outro, e do planeta. Então ele pretende levar essa reflexão às crianças de que nós, seres humanos, também somos seres da natureza”, destaca Dina.
O Mãos na Terra é desenvolvido semanalmente com todas as turmas da Uirandê e tem a fase do plantio, do cultivo, da colheita e do consumo dos alimentos e flores que eles cultivam.
Os alimentos e flores são cultivados nas jardineiras e nos canteiros espalhados pela escola.
O projeto também desenvolve hábitos alimentares mais saudáveis, porque valoriza os alimentos orgânicos. São as crianças que fazem os inseticidas naturais e a família é integrada no cotidiano da escola, porque participa de momentos conjuntos de preparo e de degustação de receitas.
“Entendendo o ciclo da natureza, as crianças também desenvolvem habilidades socioemocionais, como paciência, que existe um tempo de plantar e de colher, que as coisas não acontecem de uma hora para outra. Que é importante respeitar esse tempo, desenvolver responsabilidade, cooperação e o respeito à vida”, conclui Dina.

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