Pastor é preso por estuprar ao menos quatro adolescentes em Anchieta
Segundo as investigações, o homem realizava cultos e sessões de hipnose com os adolescentes e prometia "curas" às vítimas
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Um homem de 49 anos foi preso na manhã da última sexta-feira (25), suspeito de abusar sexualmente de adolescentes do sexo masculino em Anchieta, Região Sul do Estado. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito atuava como pastor na região e usou de artifícios religiosos para fazer ao menos quatro vítimas maiores de 14 anos.
Segundo as investigações, o homem realizava cultos e sessões de hipnose com os adolescentes e usava o fato de ser pastor como precedente para o crime, prometendo promover "curas" nas vítimas. Em três dos quatro casos, o abuso ocorreu na residência do suspeito, e o outro, no banheiro de uma igreja do distrito de Maimbá.
A prisão, que ocorreu no mesmo distrito, foi realizada após a denúncia da mãe de uma das vítimas. De acordo com a delegada Luiza Jacob, da 10ª Delegacia Regional de Anchieta, as investigações foram iniciadas em setembro de 2024.
“O suspeito apresentava um modus operandi específico, utilizando artifícios religiosos para enganar as vítimas. Ele realizava cultos e sessões de hipnose em diferentes locais. Durante esses encontros, o homem dizia que realizaria “curas” e submetia os jovens a sessões de hipnose. Explorando o estado de vulnerabilidade das vítimas durante a hipnose, os abusos ocorriam”, explicou a delegada.
A delegada explicou ainda que, embora as vítimas fossem maiores de 14 anos, e mesmo que sem uso de violência física ou grave ameaça, como ocorreu neste caso durante as sessões de hipnose, o caso configura-se como estupro de vulnerável.
“Nesse caso, embora não tenha havido violência física ou grave ameaça, as sessões de hipnose criavam uma situação em que as vítimas estavam impossibilitadas de resistir. Foi com base nisso que a conduta foi enquadrada como estupro de vulnerável, conforme entendimento da Polícia Civil e do Ministério Público”, disse.
Diante dos fatos, o suspeito foi autuado pelo crime de estupro de vulnerável e, após os procedimentos de praxe, encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.
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