Empresários defendem negociação e apelam para Lula não retaliar os EUA
Lideranças do setor produtivo capixaba dizem que retaliação aos americanos pode trazer prejuízo ainda maior à economia
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Empresários capixabas defendem a via da negociação e apelam para que o presidente Lula não adote medidas de retaliação contra os Estados Unidos.
Praticamente em coro, representantes do setor produtivo reforçam que o caminho é o diálogo diplomático — e não o confronto — para evitar prejuízos ainda maiores à economia brasileira, especialmente ao Espírito Santo.
O setor de rochas, por exemplo, defende que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, vá “o mais rápido possível” aos EUA para negociar o fim ou a postergação em 90 dias da adoção da tarifa, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais (Sindirochas-ES), Ed Martins André.
“Nenhuma empresa aguenta absorver uma taxação de 50% por muito tempo. Dependendo do prazo, podemos ter terra arrasada. Estamos na esperança de que saia do discurso político e a diplomacia e a visão técnica prevaleçam”, afirma.
Presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, se manifestou dizendo que tem confiança de que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, vai assumir essa pauta.
“Temos confiança de que conseguiremos chegar a um entendimento razoável para todos os envolvidos”, disse Baraona.
Destacando que a negociação é a única alternativa, o vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio- ES), José Carlos Bergamin, ressaltou que depois dos primeiros posicionamentos na direção de retaliações, a percepção é de que o bom senso voltou.
“Assim, não tornaremos o que já é muito ruim para a nossa economia em algo ainda pior. É hora de todos os brasileiros se unirem e pensarem na prosperidade coletiva”, salientou.
O que eles dizem



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