Quanto tempo dura a gripe? Especialistas explicam os sintomas
Especialistas explicam que, em geral, sintomas não ultrapassam 10 dias. Porém, é preciso ficar atento à doença nos mais vulneráveis
Escute essa reportagem

Com a chegada do inverno, quando o vírus da gripe circula com mais intensidade, todo cuidado é pouco, e a vacina se torna essencial. Mas, afinal, por quanto tempo essa doença respiratória permanece no organismo?
De acordo com especialistas entrevistados por A Tribuna, os sintomas podem iniciar após dois dias do vírus infectar uma pessoa e durar de 7 a 10 dias, dependendo do quadro de saúde do indivíduo e os cuidados para recuperação.
“É possível que a tosse e o cansaço continuem por mais duas semanas, mas, a partir do décimo dia, esse indivíduo não está mais transmitindo o vírus”, salienta a pneumologista Marli Lopes.
Nos quadros leves ou moderados, que são maioria, a melhora dos sintomas acontece já no terceiro dia.
“Repouso e boa hidratação e alimentação geram uma condição para a pessoa se recuperar dessa infecção”, conta a pneumologista Jessica Polese.
Em crianças com menos de 5 anos, idosos acima dos 65 e pessoas com doenças crônicas, é preciso ficar atento caso a doença se prolongue. Nesses casos, é fundamental a busca por uma avaliação médica, para que qualquer complicação seja identificada o quanto antes e tratada adequadamente.
“A gripe não ultrapassa uma semana. Se, na segunda semana, a febre persistir, a tosse deixar de ser seca e se tornar produtiva, ou seja, com catarro, e aparecer dor no peito e cansaço, isso significa que a gripe está se complicando”, afirma o infectologista Paulo Peçanha.
Uma das principais complicações da gripe é a pneumonia bacteriana. Esse tipo de quadro acontece porque o vírus deixa o corpo com a imunidade baixa, permitindo que o indivíduo fique suscetível à proliferação das bactérias. E, se não tratada, pode levar à morte.
Por isso, os médicos reforçam a importância da vacina contra a gripe, disponível em todo o Espírito Santo e para toda a população acima de 6 meses de idade.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mais de 84% das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave causadas pelo vírus Influenza, este ano, ocorreram em pessoas que não foram vacinadas.
“A cobertura vacinal está em 47%, quando o ideal é chegar a 90%. É exatamente essa cobertura vacinal baixa que está possibilitando o aumento no número de casos, da gravidade da doença e dos óbitos”, salienta Peçanha.
Importância da Vacinação
Medicação para tratar os sintomas
A servidora pública e estudante de Medicina Veterinária Stefany Amorim, de 28 anos, teve gripe recentemente. Para aliviar os sintomas, procurou um médico que receitou alguns remédios.
“Tomei Ibuprofeno para as dores de cabeça e de garganta, e tomei também Fenilefrina para o nariz congestionado. Eu trabalho numa unidade de saúde, onde recebi essas medicações. Depois de recuperada, também tomei vacina contra a gripe”, lembra ela.
Stefany aproveita o espaço para reforçar a importância da vacinação. “As pessoas precisam vacinar. A partir dela, os sintomas da doença vêm mais leves porque seu corpo já produziu os anticorpos que combatem o vírus”.

Saiba Mais
Infecção
O vírus da gripe é transmitido por inalação de gotículas provenientes da tosse ou dos espirros de uma pessoa infectada ou pelo contato direto com as secreções nasais da pessoa infectada.
Evolução do vírus
O Período de incubação é de 24 a 72 horas, quando o vírus da gripe se replica nas vias respiratórias e na corrente sanguínea, e começam a aparecer os primeiros sintomas.
A gripe se instala e os sintomas surgem de forma repentina, podendo incluir febre alta (acima de 38°C), dores no corpo, tosse seca, congestão nasal e cansaço.
O estado gripal dura, em média, de 7 a 10 dias, dependendo do quadro de saúde do indivíduo e os cuidados para recuperação. Nos quadros leves ou moderados, que são maioria, a melhora dos sintomas acontece já no terceiro dia.
Se a partir do quinto dia os sintomas se acentuarem com prostração, tosse produtiva e febre, a consulta médica se torna indispensável para que seja usada alguma medicação no tratamento.
Complicações
Em crianças com menos de 5 anos, idosos acima dos 65 e pessoas com doenças crônicas, é preciso ficar atento caso a doença se prolongue. Nesses casos, é fundamental a busca por uma avaliação médica, para que qualquer complicação seja identificada o quanto antes e tratada adequadamente.
Se, na segunda semana, a febre persistir, a tosse deixar de ser seca e se tornar produtiva, ou seja, com catarro, e aparecer dor no peito e cansaço, isso significa que a gripe está se complicando.
Uma das principais complicações da gripe é a pneumonia bacteriana. Esse tipo de quadro acontece porque o vírus deixa o corpo com a imunidade baixa, permitindo que o indivíduo fique suscetível à proliferação das bactérias. E, se não tratada, pode levar à morte.
Cuidados
Sempre cobrir nariz e boca quando espirrar. Quando tossir, utilizar um lenço de papel, além de lavar bem as mãos.
A pessoa que está com o sintoma deve evitar lugares aglomerados e fechados.
Se for ter contato com outras pessoas, é recomendado o uso de máscara. É uma forma de não colocar familiares e colegas de trabalho sob risco de infecção.
Manter o ambiente ventilado. É uma forma de evitar que as gotículas permaneçam em suspensão, facilitando a contaminação de outras pessoas.
Tratamento sintomático, hidratação adequada, alimentação e repouso permitem que um indivíduo se recupere da infecção sem a necessidade de uma consulta médica ou de um pronto-atendimento.
Vacina
No Espírito Santo, a vacina contra a gripe está disponível em todo o Estado e para toda a população acima de 6 meses de idade.
Números
Mais de 84% das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas pelo vírus Influenza, durante este ano, ocorreram em pessoas que não estavam vacinadas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Até o dia 17 de junho, o Espírito Santo registrou 58 óbitos por SRAG por Influenza, sendo que 49 dessas vítimas (84,48%) não tinham tomado a vacina contra a gripe. Além disso, dos 249 casos graves da doença, 213 ocorreram em pessoas não vacinadas.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários