Necrópsia é concluída pela polícia do RJ e corpo de Juliana Marins será liberado para a família
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A necrópsia do corpo de Juliana Marins, de 27 anos, foi concluída nesta quarta-feira, 2, pelo Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica (DGPTC). A publicitária morreu após cair em trilha de um vulcão na Indonésia.
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), o exame teve início às 8h30 e durou pouco mais de duas horas. O laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias. O corpo será liberado para os familiares.
Os pais da vítima questionaram os laudos feitos pelo país asiático e acionaram a Justiça para que uma nova necrópsia fosse realizada no Brasil.
Os exames foram realizados no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), com a presença de representante da família e de um perito da Polícia Federal. A diligência ocorreu por determinação judicial com a anuência do Estado.

A autópsia feita na Indonésia apontou morte em decorrência de hemorragia interna, cerca de 20 minutos depois de uma das quedas, segundo Bagus Alit, médico legista responsável.
Ainda de acordo com Alit, o exame do corpo não permitiu precisar após qual das quedas a morte ocorreu. Juliana caiu mais de uma vez, já que inicialmente foi vista a 300 metros da trilha (horas após o acidente ela chegou a ser identificada por drones de outros turistas), mas acabou resgatada a 600 metros dela.
À BBC Indonésia, o médico chegou a afirmar que Juliana morreu quatro dias após cair da trilha no vulcão Rinjani, mas a informação não foi depois confirmada ou detalhada pelas autoridades.
Como foi o acidente?
Juliana caiu da trilha no dia 21 de junho, mas seu corpo só foi resgatado na terça-feira, 24. Os parentes da jovem acusaram as autoridades indonésias de demora e falta de empenho no resgate e também de divulgarem informações falsas.

A neblina e a geografia acidentada da região dificultaram a operação e também a aproximação de helicópteros da área onde a jovem foi vista, por drones de turistas, logo após escorregar da trilha.
Outros visitantes do parque do Monte Rinjani falaram em falta de estrutura de apoio e de informações sobre os riscos no local. O governador da região onde fica o parque admitiu estrutura insuficiente para fazer um resgate desse tipo.
Homenagens
Nesta segunda, 1°, o prefeito de Niterói afirmou nas redes sociais que a cidade fará na próxima semana diversas homenagens à jovem.
“O mirante e a trilha de acesso à Praia do Sossego passará a levar o nome de Juliana, um lugar que ela tanto amava. Juliana era apaixonada por Niterói. Que Deus conforte e abençoe sua linda família”, disse Rodrigo Neves.
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