Aventura em alta velocidade: Brad Pitt acelera em “F1: O Filme"
Em “F1: O Filme”, que estreia hoje nos cinemas do Estado, galã dá vida a ex-piloto que retorna às pistas para ser mentor de um jovem talento
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Não é preciso ser um expert em Fórmula 1 para embarcar junto do astro norte-americano Brad Pitt, de 61 anos, em sua mais nova aventura em alta velocidade nos cinemas.
Com estreia nesta quinta-feira (26) nas salas do Espírito Santo, “F1: O Filme” combina a adrenalina das pistas, trilha sonora com estrelas da música e uma narrativa intensa e emocionante que promete conquistar espectadores com diferentes níveis de conhecimento sobre o esporte.
Ao mergulhar nos bastidores da categoria mais prestigiada do automobilismo mundial, o novo longa-metragem revela um universo repleto de rivalidades, decisões arriscadas e luxo.
“Se você é um fã incondicional da Fórmula 1, vai reconhecer algumas coisas históricas. Mas também projetamos o filme de modo que, se você não souber nada sobre o esporte, essa é apenas uma grande história sobre segundas chances, trabalho em equipe e amizade”, afirmou o cineasta Joseph Kosinski, que também dirigiu “Top Gun: Maverick” (2022).
A trama acompanha Sonny Hayes (Brad Pitt), um lendário ex-piloto que retorna às pistas para ser mentor de um jovem talento na fictícia equipe ApexGP. O novato é interpretado pelo britânico Damson Idris, de 33 anos.
Ambos fizeram suas cenas de ação sem dublês, tendo que conduzir carros em alta velocidade enquanto atuavam, e ainda se adaptar ao tempo curto para filmar, já que parte da produção foi registrada durante os intervalos dos principais circuitos, como Silverstone, Monza e Las Vegas.
“Quando vocês virem o Brad dirigindo, saibam que aquilo não é atuação. Ele está realmente focado em manter o carro na pista e longe do muro em todas essas cenas. Isso é algo que simplesmente não dá para fingir. Espero que o público sinta essa autenticidade ao assistir ao filme”, explicou Kosinski.
Pilotos reais também aparecem na tela, como é o caso do premiado Lewis Hamilton, que assina a produção executiva do longa e ensinou os atores principais a dirigir carros de corrida.
Outra curiosidade do filme é que ele traz cenas do personagem de Pitt correndo contra Ayrton Senna, lendário piloto brasileiro.
Crítica
Inácio Araújo - Folha Press
Improviso para suprir fraquezas do filme
Em “F1: O Filme”, o diretor e co-roteirista Joseph Kosinski retoma o argumento central do bem-sucedido “Top Gun: Maverick”, com Brad Pitt no lugar do veterano que coube a Tom Cruise da outra vez.
Ele é Sonny Hayes, antiga promessa do automobilismo que, após sofrer um terrível acidente, largou tudo e optou por uma vida livre e nômade. Com o prêmio de uma corrida, sai pelo mundo procurando por alguém que precise de um piloto.
Para ajudar seu amigo Ruben, papel de Javier Bardem, dono de uma equipe praticamente falida da Fórmula 1, Sonny topa, depois de muita relutância, voltar à categoria maior desse esporte.
Falemos de pontos fortes: as corridas estão bem ok. Mas duvido que ofereçam aos fãs muito mais do que as coberturas da TV, com câmeras por todos os cantos, ou a série “Dirigir para Viver”, da Netflix, com os bastidores da categoria.
É certo que existem as manobras arriscadas e nem sempre muito cheias de cortesia de Sonny. É certo também que Pitt tem o jeito certo para o papel do cara livre, que rejeita convenções, exceto quando se trata de ajudar um amigo.
“F1” não tem um vilão, ao menos até chegar ao terço final. É quando ele se revela. Mas aí estamos às voltas com um antagonista puxado às pressas do bolso do colete. Parece mesmo um improviso para suprir as fraquezas do filme.
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