Fim de semana com 10 horas de atrações para a criançada no Parque Pedra da Cebola
A 4ª edição do Musin acontece amanhã e sábado, no Parque Pedra da Cebola, e vai contar com atrações como Mundo Bita e teatro musical
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O Musin – Festival Música na Infância chega à sua 4ª edição com duas tardes de programação. Marcado para sexta-feira (27) e sábado (28), no Parque Pedra da Cebola, o evento terá 10 horas de atrações gratuitas, entre shows, oficinas criativas, contação de histórias e teatro musical.
“Pensamos o festival como um espaço onde o protagonismo é dos pequenos, mas toda a família se envolve, aprende e se diverte”, conta Daniel Morelo, um dos organizadores.
A maratona de diversão, que inclui performance do Grupo Triii, será encerrada pelo Mundo Bita. Sucesso absoluto entre os pequenos, o projeto vai transformar o palco numa sala de aula para lá de divertida em sua estreia no festival.
Durante o espetáculo sobre educação, Bita, Lila, Dan, Tito, Flora e muitos outros personagens vão dançar ao som de músicas do álbum “Bita e a Escola” (2024), a exemplo de “Aos Nossos Professores”, e clássicos como “Fazendinha”.
“É um show que propõe unir os conceitos de educação e diversão, porque a educação precisa ser divertida para envolver as crianças”, conta João Henrique Souza, um dos criadores do Mundo Bita e roteirista da atração musical.
Serviço
“Musin - Festival Música na Infância”
Quando: Sexta-feira (27), às 13h30, e sábado (28), às 14 horas.
Onde: Parque Pedra da Cebola, na Mata da Praia, em Vitória.
Quanto: Entrada gratuita.
Programação
Sexta-feira - 26/06
14 horas: Sons da Ilha.
15 horas: Banda da Flor.
Sábado
14h30: Teatro musical “As Fantásticas Histórias Mágicas”, de Vitor Passarim.
15h30: Grupo Triii.
17 horas: Concurso de Fantasia.
18 horas: Mundo Bita.
“Cada criança é um universo distinto”
A Tribuna – De que forma querem contribuir com esse novo show focado na educação?
João Henrique Souza – Os professores têm falado com muito carinho desse nosso movimento. Muitos estão utilizando o conteúdo do Mundo Bita para facilitar o aprendizado e introduzir temas, e a gente gosta de ser ferramenta pra educação. E esse nosso show vem com esse propósito também.
Qual a importância de eventos como o Musin – Festival Música na Infância?
Quando estamos dentro de um festival, colocamos nossa criação e poesia para mais famílias. Quanto mais a gente fomenta a música para infância, mais as crianças podem ampliar o seu universo de visão.
Por que trabalhar com o público infantil?
A vontade veio com a paternidade, da dor de quem pensa “nossa, e agora, o que nossos filhos vão consumir?”. Preocupados com isso, a gente resolveu fundar a produtora Mr. Plot, que começou como uma editora de livrinhos digitais.
E dos livrinhos vieram as músicas, já com o personagem Bita, que o Chaps Melo desenhou para ilustrar o quarto da filha dele, Bebel. Ele mostrou as ilustrações pra gente e decidimos dar um nome para esse personagem e criar um universo ao redor dele.
A gente se encantou por produzir conteúdo para criança. A gente acha que gera um impacto positivo por tudo que a gente recebe do público. Muitas famílias escrevem pra gente, tem casos que realmente emocionam. Isso não tem preço.
O que difere o público infantil dos demais?
Eles são muito sinceros. Então é muito desafiador, porque você não sabe o que vai dar certo. Apesar de criar pensando na criança, o criador não é mais criança. E elas são muito diversas. Cada criança é um universo distinto, observa e sente o mundo de forma particular.
O que aprendeu trabalhando com o público infantil?
Lidando com crianças de vários lugares e realidades sociais e culturais, a gente aprende a respeitar essa pluralidade e também a fazer com cada vez mais critério.
Como encaram o avanço do digital?
Essa questão das telas, do eletrônico que é oferecido para as crianças é algo sensível e que a gente aborda em nosso conteúdo. O primeiro elemento que criamos é a música. Uma criança não pode ter contato intenso com tela, mas pode e deve escutar música. E tem o show ao vivo, que é uma alternativa muito rica, uma experiência diferente. Além de livros. Acabamos de lançar “Capivara Chuchu: Larga o jogo e vem brincar!”, que é sobre largar a tela e viver a natureza, as amizades e a família.
Como acontece a renovação de repertório?
Todo ano a gente trabalha um tema diferente. Como ano passado trabalhamos a educação, que pede um aprofundamento maior, esse ano a gente vem com a festa dos bichos. Na primeira sexta-feira de julho, vamos lançar “Pula-pula Canguru”. Apresentamos esse bicho da savana australiana e chamamos a galera para pular!
O que pensam para o futuro?
A gente quer ter uma sede que possa oferecer pras crianças uma experiência imersiva do Mundo Bita. Queremos produzir iniciativas sociais, ensinar as crianças o mundo da música, da animação...
Qual a importância de criarem uma discografia com participações de nomes como Milton Nascimento e, mais recentemente, João Gomes?
É uma forma de alcançar os pais, mas mais do que isso, é uma maneira de apresentar artistas de grande importância na nossa cultura para as crianças. É grande motivo de orgulho pra gente poder dizer que as crianças de hoje em dia já escutaram a voz de Milton Nascimento, que não precisaram crescer para isso.
Agora, gravamos com João Gomes nosso primeiro pout-pourri. A gente juntou cinco músicas do Mundo Bita, colocou em ritmo de piseiro e fez esse especial junino.
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