Corpo de Juliana Marins deve passar por autópsia nesta quinta e apontar causa e horário da morte
Escute essa reportagem
O corpo da brasileira Juliana Marins, morta após sofrer uma queda durante trilha ao cume do vulcão Rinjani, na Indonésia, e só ser resgatada quatro dias depois, deve ser autopsiado nesta quinta-feira, 26.
Autoridades indonésias informaram que o corpo seria transferido para uma ilha vizinha a Bali, capital do país, para a realização dos exames que indicarão a causa e o horário da morte. Só depois haverá liberação para ser translado ao Brasil.
“Agora a autópsia será realizada na região de Bali. Buscamos a opção mais próxima, que é Denpasar (ilha vizinha)”, declarou Indah Dhamayanti Putri, vice-governadora da província de Nusa Tenggara Ocidental, próxima à ilha Lombok, onde Juliana morreu. “Querem saber o horário da morte”, afirmou.

Os familiares de Juliana criticam a lentidão das operações de resgate e acusam o governo da Indonésia de “negligência”. Já o governo da Indonésia justificou a demora dizendo que “a evacuação envolveu a colaboração entre diversas agências e voluntários, trabalhando em terreno extremo com clima imprevisível”.
“Juliana ainda estaria viva se a equipe tivesse chegado até ela no tempo estimado de 7 horas”, escreveu a família da brasileira em um perfil no Instagram criado para comunicar sobre o caso, que já acumula mais de um milhão de seguidores. “Agora vamos buscar justiça por ela, porque é o que ela merece”, afirmaram.
Leia também
O trabalho de resgate precisou ser interrompido diversas vezes por conta do mau tempo. Além disso, conforme relatos de pessoas que estavam junto à publicitária na trilha, ela foi deixada para trás, sozinha, pelo guia que acompanhava o seu grupo.
O profissional teria orientado a jovem a descansar um pouco, já que estava cansada para continuar caminhando, e reencontrar o grupo posteriormente. O desaparecimento dela só foi notado horas depois e gritos de socorro foram escutados na região.
Além disso, imagens captadas inicialmente por um drone de turistas mostravam que Juliana movia as pernas e os braços. O resgate, no entanto, só chegou até ela na terça-feira, 24, quatro dias depois, quando ela já estava morta.
Alpinistas voluntários fizeram a checagem dos sinais vitais de Juliana e constataram o óbito. Segundo eles, fazia muito frio na região e o terreno era extremamente escorregadio. O corpo foi içado e removido do vulcão nesta quarta-feira, 25./Com informações da AFP
Comentários