Aeroporto de Guarulhos volta a ter espaço aéreo fechado pela presença de drones

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, voltou a suspender momentaneamente pousos e decolagens na noite de sábado, 21, devido à presença de drones no local. Ao menos 35 voos foram impactados.

Em nota, a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto, confirmou o fechamento do espaço aéreo. “Imediatamente, as autoridades competentes foram acionadas e as operações já estão normalizadas”, acrescentou.

É a segunda vez em dez dias que o espaço aéreo do aeroporto, o maior do País, é paralisado pela presença de drones. No último dia 11, uma quarta-feira, houve uma interrupção de cerca de uma hora após evento parecido (mais abaixo).

Passageiros relataram atrasos nas redes sociais. “Tem um drone no aeroporto de Guarulhos, não se sabe de onde, mas está segurando todos os voos”, escreveu um usuário do X (ex-Twitter). “E lá vamos nós de novo”, postou outro.

A Latam Airlines Brasil afirmou que 34 voos da companhia com origem ou destino a Guarulhos foram impactados. “A companhia repudia e lamenta a situação, totalmente alheia ao seu controle”, disse, em nota. A empresa acrescentou estar prestando “toda a assistência” necessária aos passageiros afetados.

Já a Gol informou que apenas um voo da companhia sofreu atraso, de cerca de 31 minutos, para decolar a partir de Guarulhos.

Drone operado por traficantes

Após a paralisação do último dia 11, a Polícia Federal apontou que o drone identificado no espaço aéreo do aeroporto ocasião era operado por traficantes de drogas, como mostrou o Estadão.

Após a detecção do acesso indevido de indivíduos à área restrita do terminal, foram apreendidas três caixas contendo substância entorpecente (cocaína) com peso total de 160 quilos.

Latam e Gol afirmaram ter tido, conjuntamente, mais de 30 voos impactados por conta da paralisação há dez dias. No caso da última empresa, dois voos tiveram de ser cancelados pelo imprevisto.

Procurada para comentar a nova paralisação, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que informações sobre esse tipo de ocorrência devem ser verificadas diretamente com a GRU Airport e com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), responsável pelo controle do espaço aéreo brasileiro.