Justiça condena estagiário que vendeu suplemento irregular a aluno em academia
Rapaz de 18 anos morreu após fazer uso do produto que aumenta a resistência física a treinos de grande esforço
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O Tribunal de Justiça de Pernambuco condenou um homem que atuava como estagiário de educação física em uma academia no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife a indenizar em R$ 75 mil a família de um jovem que morreu após usar um suplemento proibido no Brasil, conhecido como "Jack 3D". O produto é um suplemento alimentar usado para aumentar a capacidade de resistência muscular em treinos de grande intensidade.
O réu vendia o suplemento a R$ 160 para alunos da academia onde atuava como estagiário. Na ação movida pelos pais do jovem, que morreu em 4 de maio de 2011, no mesmo dia em que completaria 18 anos de idade, consta que o filho teve efeitos colaterais após tomar o suplemento, como dores de cabeça, amnésia e insônia. Ele ainda fazia uso do produto junto com um outro suplemento de força.
Na decisão judicial assinada pelo juiz Marcos Antonio Tenório, e publicada no último dia 5 de junho, e segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a academia não foi condenada porque o estabelecimento tem como diretriz proibir a venda de suplementos em suas dependendências. Para a Justiça, o então estagiário agiu de forma pessoal e extrapolou suas funções. O produto não tinha aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), portanto, não poderia ser vendido no Brasil. Em relação à decisão da Justiça, cabem recursos.
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