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Nutridicas, por Gabriela Rebello

Nutridicas, por Gabriela Rebello

Colunista

Fibra ajuda a emagrecer sem efeitos colaterais e sem agulhas

Fibra natural de planta indiana, o psyllium ajuda o intestino, controla o colesterol e ainda pode auxiliar no emagrecimento

Gabriela Rebello, Colunista A Tribuna | 13/06/2025, 12:05 h | Atualizado em 13/06/2025, 12:05

Imagem ilustrativa da imagem Fibra ajuda a emagrecer sem efeitos colaterais e sem agulhas
Gabriela Rebello é nutricionista |  Foto: Arquivo/AT

Você já se deparou com o nome “psyllium” em rótulos de produtos funcionais, pães low carb ou receitas fitness? Talvez alguém tenha te dito que ele “é ótimo para o intestino”. Mas o que, afinal, é essa farinha que vem ganhando destaque em dietas saudáveis e prateleiras de supermercados?

O psyllium é uma fibra natural obtida da casca da semente da planta Plantago ovata, nativa de regiões da Índia e do Mediterrâneo. Apesar do nome pouco familiar, sua ação no organismo é bem conhecida na ciência nutricional. Ao entrar em contato com a água, essa fibra se expande e forma um gel viscoso no trato digestivo, contribuindo para o aumento do volume fecal e facilitando a evacuação. Traduzindo em termos práticos: é um excelente regulador intestinal, sendo especialmente eficaz no combate à constipação (prisão de ventre).

Mas os benefícios do psyllium vão muito além do intestino. Por ser uma fibra solúvel, ele desempenha um papel importante na redução do colesterol LDL (“ruim”) e no controle da glicemia, sendo um aliado valioso para pessoas com diabetes tipo 2 ou dislipidemias. Isso ocorre porque o gel formado no intestino atrasa a absorção dos carboidratos e gorduras, ajudando a evitar picos de glicose no sangue e diminuindo a reabsorção de colesterol.

Além disso, o psyllium promove um efeito de saciedade prolongada, o que pode ajudar na redução da ingestão calórica ao longo do dia. Isso faz com que ele seja muito procurado por quem está em processo de perda de peso ou deseja controlar melhor o apetite, especialmente em momentos de compulsão alimentar.

Em termos nutricionais, a farinha de psyllium é composta por aproximadamente 80% de fibras, mas apresenta baixíssimo teor calórico e quase nada de gorduras ou proteínas. Ou seja, não substitui refeições, mas atua como um complemento funcional que agrega valor à alimentação. Pode ser adicionada a receitas de pães, bolos, panquecas, mingaus, iogurtes, vitaminas e até mesmo em preparações sem glúten, conferindo estrutura e umidade às massas.

Uma forma simples e eficaz de consumir é diluir uma colher de chá em um copo de água e ingerir na sequência. No entanto, a hidratação é fundamental: consumir psyllium sem água suficiente pode provocar o efeito contrário ao esperado, causando desconforto abdominal, gases ou até piorar a prisão de ventre.

O uso do psyllium é indicado principalmente para adultos com constipação intestinal, colesterol elevado, diabetes tipo 2 e também como estratégia para controle do peso. Contudo, não é recomendado para crianças menores de 2 anos, pessoas com obstruções intestinais, dificuldades para engolir ou portadores de doenças intestinais inflamatórias ativas, como a colite ulcerativa ou doença de Crohn. Nestes casos, o acompanhamento profissional é indispensável.

E como todo alimento funcional que vira “moda”, também surgem mitos. Vamos a alguns deles?

• “É uma fibra milagrosa.” Mito. Ele é potente, sim, mas funciona melhor dentro de uma dieta equilibrada.

• “Pode substituir a farinha de trigo.” Em parte, verdade. Em receitas low carb, ele substitui parte das farinhas convencionais, mas exige ajustes, pois não fermenta nem tem glúten.

No fim das contas, o psyllium é mais um presente da natureza com potencial para melhorar nossa saúde gastrointestinal e metabólica. Quando usado com moderação e orientação, ele pode ser um ótimo aliado no seu dia a dia. Só não vale apostar todas as fichas em um único ingrediente — o segredo está na constância, variedade e equilíbrio da alimentação.

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