Fair-play financeiro tem primeiro movimento da CBF para sair do papel no Brasil
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou uma portaria que institui um grupo de trabalho para criação de um modelo de fair-play financeiro no País. O sistema é demanda antiga dos clubes e foi assunto durante a candidatura do atual presidente Samir Xaud, eleito no fim de maio.
O grupo terá representantes da CBF, federações estaduais, clubes das Séries A e B, além de especialistas em finanças, governança e direitos esportivos. A portaria chama o fair-play financeiro por “Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF)”.
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A ideia é elaborar o conceito do sistema e procedimentos de avaliação, monitoramento e sanção com base em informações contábeis e auditorias financeiras, como os balanços, os quais os clubes são obrigados a publicar.

O modelo será, então, implementado gradualmente, com a justificativa de “respeito as diferenças regionais e situações financeiras de cada clube”. O próprio sistema deve conter orientações para governança, transparência e prestação de contas.
Ricardo Gluck Paul, vice-presidente da CBF e mandatário da Federação Paraense, será o presidente do grupo. Outros três diretores da confederação (Gestão, Registro, Transferência e Licenciamento e Desenvolvimento e Projetos) também estão escalados.
Os representantes de clubes e federações estaduais que quiserem participar deverão manifestar sua intenção até 14 de junho pelo e-mail [email protected]. Se houver mais interessados do que vagas, caberá a Paul definir os integrantes. A definição será “com base em critérios que assegurem a diversidade regional, a representação de diferentes modelos de gestão e o equilíbrio entre os diversos segmentos do futebol nacional, diz a portaria.
O grupo terá 90 dias, a partir de fechada sua composição, para apresentar uma proposta do SSF para a presidência da CBF. O modelo deverá apresentar justificativas técnicas e processo de implementação gradual.
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