Homem autorizado a cultivar maconha medicinal exagerou no plantio e foi preso
Autorização era para cultivo de 9 pés da planta, mas polícia encontrou mais de 100
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Com informações apuradas pelo repórter Carlos Simões, da TV Tribuna PE
As propriedades medicinais do óleo extraído da maconha já são bastante conhecidas, por isso, em situações bem específicas, é possível conseguir na justiça, autorização para se ter um plantio próprio com fins terapêuticos. Claro, o plantio da erva para outros fins, ou acima da quantidade autorizada, continua proibido.
Um homem de 40 anos, cuja identidade não foi revelada, acabou preso depois que a polícia descobriu em seu poder 115 pés de maconha e 1320 frascos que seriampreenchidos com o óleo extraído da planta.
O material estava em uma chácara no bairro de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Uma das estufas utilizadas para o desenvolvimento das plantas ficava dentro da casa, que era refrigerada para garantir uma temperatura ideal para as plantas. Havia uma outra estufa em funcionamento, e uma terceira estava sendo construída no terreno da propriedade.
AUTORIZADO
O homem chegou a apresentar um documento que o autorizava a cultivar maconha para uso medicinal mas, segundo a polícia, a quantidade da erva encontrada no local era 12 vez maior que a permitida. O tenente da Radiopatrulha da PM, Adolfo Vasconcelos, em entrevista a Carlos Simões, explicou que a autorização limitava o plantio a 9 pés da planta em um espaço de 5 metros, mas o homem já cultivava 115 plantas em duas estufas, caracterizando assim, tráfico de drogas.
Ainda segundo a polícia, foram apreendidos 10 litros do óleo extraído das plantas. O suspeito tinha autorização para usar cinco gotas por dia para fins medicinais, com a quantidade de substância encontrada daria para ele consumir o produto por 109 anos.
O homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas, passou por audiência de custódia e foi liberado para responder o processo em liberdade por não ter antecedentes criminais. Segundo delegada da Polícia Civil, Thayná Barbosa, a polícia continuará investigando para descobrir qual seria o destino final da produção, que apresentava um esquema profissional.
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