Colombiano é acusado de furto que durou 40 minutos e rendeu R$ 9 milhões no Ceará
Homem faz parte de quadrilha que furtou joias e relógios de uma joalheria em 2021
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Deportado dos Estados Unidos, preso na Colômbia e extraditado para o Brasil no último dia 8, o colombiano Libardo Antonio Gonzalez Diaz é acusado pela Polícia Civil do Ceará de furtar joias e relógios avaliados em R$ 9 milhões de uma joalheria em Fortaleza, em 2021.
Segundo a investigação da Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil do Ceará, Diaz integra uma quadrilha especializada em furtos com uso de equipamentos de alta tecnologia, como aparelhos de clonagem de controle remoto e bloqueadores de sinal, que impedem o funcionamento de celulares e de alarmes via rádio nas proximidades.
Segundo o Ministério Público do Ceará, no dia 10 de junho de 2021, Diaz e três comparsas (Andres Manuel Lopez Pataquiva, Jefferson Geovanny Ortiz Gonzalez e outro colombiano não identificado) chegaram em Fortaleza, se hospedaram em um hotel e começaram a mapear lojas que pudessem ser alvo de furto na cidade. Escolheram uma joalheria no shopping Iguatemi Bosque, situado no bairro Edson Queiroz.
A reportagem tenta localizar a defesa dos três colombianos acusados pelo crime para que se pronunciem sobre as acusações.
Na noite de 25 de junho, os criminosos foram ao shopping e vestiram trajes semelhantes aos uniformes de funcionários do centro comercial. Depois das 22h, com o shopping fechado, Diaz e Pataquiva aguardaram os funcionários da loja vizinha à joalheria irem embora e usaram um controle remoto clonado para abrir a porta. Eles entraram, usaram uma furadeira para fazer um buraco na parede e chegaram à joalheria, de onde recolheram joias e relógios.
Enquanto isso, Gonzalez e um quarto criminoso permaneceram em frente à loja, monitorando o movimento dos seguranças do shopping, que não notaram o furto. A ação durou apenas 40 minutos.
Com os produtos roubados acondicionados em mochilas, o quarteto saiu do shopping a pé, sem levantar suspeitas. Dali, o grupo foi para o aeroporto Pinto Martins, onde, com o uso de documentos falsos, embarcou para o aeroporto de Guarulhos e se dispersou.
O furto só foi percebido no dia seguinte, quando os primeiros funcionários chegaram à joalheria e viram tudo revirado.
Pataquiva foi o primeiro a ser preso, três meses após o crime. Em setembro de 2021, ele e a mulher foram detidos no Paraguai, quando tentavam sair do país. Ele já havia sido condenado por furto na Tailândia.
Gonzalez foi preso em março de 2024 na Colômbia e extraditado para o Brasil em 25 de setembro daquele ano.
Diaz esteve ilegalmente nos Estados Unidos, de onde foi deportado para a Colômbia. Ao chegar ao país, foi preso pela Interpol, que emitiu não só o alerta vermelho, habitual para divulgar foragidos, como o alerta roxo, usado para crimes em que são usados recursos especiais. Após autorização do governo colombiano, ele foi extraditado para o Brasil, onde chegou no último dia 8 de maio sob a guarda da Polícia Federal.
Um quarto acusado pelo crime ainda é procurado.
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