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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A violência doméstica e seus assustadores índices

Confira a coluna desta sexta-feira (25)

Ana Cláudia Simões Carvalho | 25/04/2025, 13:57 h | Atualizado em 25/04/2025, 13:57

Imagem ilustrativa da imagem A violência doméstica e seus assustadores índices
Ana Cláudia Simões Carvalho é mestre em políticas públicas e CEO da Ativo Consultoria |  Foto: Divulgação

Pesquiso o tema “violência doméstica”, desde 2011, mas, por conta de outros trabalhos, me afastei por quatro anos deste estudo e, ao retornar, em janeiro, analisando as principais notícias veiculadas na imprensa do Espírito Santo, relacionadas a esse grave drama jurídico e social, me surpreendi com a dimensão que o problema tomou.

Não tem sido raro observar ocorrências dessa violência por dias seguidos, sendo que algumas reportagens ainda trazem relatos de casos da semana anterior.

As notícias destacam aspectos que se repetem: medo, ameaça, agressão física, ofensas. Os altos números de violência contra a mulher e feminicídio no Espírito Santo seguem alarmantes. Em 2024, mais de 23 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica de acordo com dados levantados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).

Estudos comprovam que as situações de violências físicas são, na maioria das vezes, uma evolução de indícios e de outras formas de violência anterior, como a psicológica ou moral. Durante o período em que estive como Secretária Municipal de Assistência Social, reativamos um Centro de Referência em Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e pude comprovar a veracidade dos estudos.

As notícias veiculadas demonstram, ainda, que muitas das vezes o cenário onde acontece a violência doméstica não envolve baixa escolaridade ou ausência de poder econômico. A agressividade e o descontrole emocional não discriminam, estão em toda parte e se manifestam onde menos se espera.

É importante, portanto, para prevenir e para romper ciclos de violência, que as vítimas percebam os primeiros sinais e alertem seus companheiros indicando que procurem ajuda profissional para que consigam lidar com seus sentimentos e, posteriormente, se o alerta não fizer efeito, que as potenciais vítimas se afastem, para evitar a consumação da violência.

Mas, além das mulheres, os homens também precisam de assistência e trabalho de conscientização sobre esse problema. Ainda é grande a crença de muitos na impunidade. Também é significativa, na sociedade, na família, nos grupos afins, falas ou exemplos que reforçam o comportamento machista. Por isso, é importante que também eles sejam incluídos nas políticas criadas para combater esse grave problema e que, na maioria das vezes, são dirigidas apenas às mulheres.

Precisamos de políticas públicas e privadas para tratar o agressor. Durante e após a prisão, é preciso iniciar o tratamento compulsório, já que o agressor é o principal problema. Quando isso é ignorado, os índices de violência não reduzem, pois a mulher, ao se empoderar, se liberta, mas o agressor escolhe outra vítima e comete nova violência.

Os homens precisam reconhecer as atitudes e os comportamentos abusivos que ainda prevalecem entre eles. Um trabalho com estratégias contra a violência de gênero, que inclua educação, reflexão e acompanhamento, sem dúvida, ajudaram na mudança do comportamento machista.

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