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Opinião Econômica

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Colunista

Pedidos de recuperação judicial sobem no início do ano

As empresas brasileiras, especialmente as micro e pequenas, continuam enfrentando desafios financeiros significativos

Bruno Finamore Simoni | 08/04/2025, 11:25 h | Atualizado em 08/04/2025, 11:25

Imagem ilustrativa da imagem Pedidos de recuperação judicial sobem no início do ano
Bruno Finamore Simoni é advogado especialista em Direito Empresarial

O Brasil registrou aumento significativo nos pedidos de recuperação judicial em janeiro deste ano, refletindo uma tendência de alta que já se delineava nos anos anteriores.

Foram registrados 162 pedidos de recuperação judicial, um aumento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2024. Desse total, 79,6% foram solicitados por micro e pequenas empresas, evidenciando a vulnerabilidade desse segmento diante das adversidades econômicas. Setorialmente, o setor de serviços liderou as solicitações, com 54 pedidos, seguido pela indústria (47), setor primário (42) e comércio (19).

O aumento nos pedidos de recuperação judicial em janeiro deste ano reflete uma tendência observada ao longo de 2024, indicando que, ao adentrar 2025, as empresas brasileiras, especialmente as micro e pequenas, continuam enfrentando desafios financeiros significativos.

No último ano, o Brasil registrou 2.273 pedidos de recuperação judicial, o maior número desde o início da série histórica da Serasa Experian, representando aumento de 61,8% em relação a 2023.

As micro e pequenas empresas foram as mais afetadas, com 1.676 pedidos, um crescimento de 78,4% em relação ao ano anterior. As médias empresas registraram 416 solicitações, enquanto as grandes companhias tiveram 181 requerimentos.

Em contrapartida, os pedidos de falência apresentaram uma redução de 3,5% em 2024, totalizando 949 solicitações. Esse decréscimo pode ser atribuído à adoção de ferramentas mais eficazes e menos custosas para a cobrança de dívidas, tornando o pedido de falência uma opção menos comum.

Diversos fatores contribuíram para esse cenário. Embora o ambiente econômico tenha apresentado sinais de recuperação, com aumento da demanda e crescimento da renda familiar, a elevada taxa de juros impactou negativamente a saúde financeira das empresas, especialmente das micro e pequenas, que possuem menor acesso a crédito.

Em dezembro de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 12,25% ao ano, com sinalizações de novos aumentos nas reuniões subsequentes. Economistas já projetam a possibilidade de a taxa alcançar 15% em 2025.

Esse ambiente de juros elevados tende a manter os pedidos de recuperação judicial em patamares elevados ao longo do ano. Além disso, a inadimplência empresarial atingiu níveis preocupantes, com 6,9 milhões de empresas inadimplentes em dezembro de 2024, refletindo um cenário desafiador para a sustentabilidade dos negócios.

Assim, o início de 2025 já demonstra um cenário econômico desafiador, com aumento nos pedidos de recuperação judicial e falências. A continuidade dessa tendência ao longo do ano dependerá das condições macroeconômicas e das medidas adotadas para mitigar os impactos negativos sobre as empresas brasileiras.

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