Cutícula
Coluna foi publicada no sábado (11)
Cotado para presidir o PSDB a partir de dezembro, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo diz que o partido precisa ter uma atitude clara de oposição ao governo Lula e defende que o foco dos tucanos esteja na defesa da redução de gastos públicos.
“Gasto público é como cortar unha, tem que cortar todo dia”, diz. Entre os pontos que ele critica está o fato de o País ter hoje quase 40 ministérios. “Temos de ter um foco fortíssimo na gestão. Já estamos vendo propostas de furar o arcabouço fiscal”.
Virada
Como mostrou o Painel, o nome de Perillo vem sendo costurado por uma série de diretórios para substituir o atual presidente, Eduardo Leite. O partido realizará convenção em 29 e 30 de novembro em Brasília para fazer a mudança. A saída de Leite, que prefere se concentrar na gestão do governo do RS, deve dar à legenda um perfil mais opositor.
Fica!
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) elogia a atitude do ministro Flávio Dino (Justiça) no caso Hezbollah e diz que sua ida ao STF seria uma perda para o governo. “Ao repudiar a ideia de que o Mossad interveio no Brasil e defender a ação competente da Polícia Federal, o ministro mostra que é um porta-voz combativo do governo. Perder para o STF uma voz altaneira como a dele na defesa da soberania nacional seria um desperdício”, diz.
Perdulário
Relator da LDO, o deputado Danilo Forte (União-CE) disse em almoço do grupo Esfera que o governo Lula vive um momento de populismo econômico que torna difícil fechar as contas orçamentárias. “É muito fácil fazer medidas, gostar de gastar dinheiro, e é muito difícil reduzir gastos. É exatamente esse viés que tem o governo de hoje”, afirmou a empresários.
ESG
O governo Lula criou um grupo de trabalho para desenvolver uma Política Nacional de Direitos Humanos e Empresas. O objetivo é fazer com que o mundo corporativo internalize a preocupação com o tema, com o estímulo a instrumentos como compliance. Com 180 dias de prazo, terá 16 pastas e será coordenado pela dos Direitos Humanos.
Escandalizei
A transformação na aparência da cantora pop Priscilla Alcântara, que largou o gênero gospel, mobilizou perfis bolsonaristas e de outros grupos de direita, como o MBL, nos últimos dias. Com 6 milhões de seguidores no Instagram, ela apareceu com cabelo vermelho curtinho e tatuagens à mostra e virou alvo de conservadores.
Vida alheia
O deputado estadual bolsonarista Gil Diniz (PL) postou a transformação da jovem com a legenda: “Priscilla Alcântara com Deus no coração e Priscilla Alcântara agora. Dá pra acreditar que é a mesma pessoa? Que triste isso...” Na mesma toada seguiu Amanda Vettorazzo, do MBL. “Uma vida sem Cristo é uma vida sem sentido”, postou.
Nada feito
A Justiça de São Paulo rejeitou na sexta-feira (10) dois pedidos de liminares contra o projeto de lei de privatização da Sabesp. As ações foram apresentadas pelos deputados Jorge do Carmo (PT), que pedia a retirada do regime de urgência, e Guilherme Cortez (Psol), que defendia a necessidade de emenda constitucional.
No escuro
A Prefeitura de Angra dos Reis (RJ) irá à Justiça contra a Enel pelos apagões na cidade este ano. Já foram 54, diz a administração, atingindo locais turísticos, como Ilha Grande. Também foram afetadas usinas elevatórias e estações de tratamento de esgoto.
Interruptor
A empresa diz que investiu R$ 115 milhões na cidade “com foco na melhoria da qualidade do fornecimento de energia” e que o tempo de duração dos apagões caiu 51% nos últimos dois anos.
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