Brasil terá a Capital Mundial do Livro
Coluna foi publicada na quinta-feira (12)
Leitores do Jornal A Tribuna
Em 1808, a família real, por pressão da invasão napoleônica, transferiu-se para o Brasil, trazendo cerca de 60 mil volumes da Biblioteca Real. Instalados na nova capital, Rio de Janeiro, Dom João VI e seus ministros criaram, entre os demais empreendimentos, a Biblioteca Real, atual Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro.
A evolução dos livros é longa, cheia de mistérios e surpresas. A trajetória de um artefato fascinante que foi inventado pelo homem para que as letras, os códigos, as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. Várias formas de fabricação, modelos, edições e formatos que ao longo de toda a jornada humana foram testados e reinventados.
Chegamos ao ano de 2023 com este importante reconhecimento mundial, o Rio de Janeiro será, em 2025, a Capital Mundial do Livro, título concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura).
Pela primeira vez uma cidade de língua portuguesa (lusófona) irá receber este importante título mundial, e assumirá o Rio de Janeiro este papel, a partir de 23 de abril de 2025.
Vivemos hoje bons ventos na produção literária e nas vendas de livros aqui no Espírito Santo e em todo o País, após anos de grandes dificuldades. O sucesso da 40ª Bienal Internacional do Livro realizada recentemente no Rio de Janeiro fechou com expressivos números: mais de 600 mil visitantes, e cerca de 6 milhões de livros vendidos, recorde absoluto de vendas, com média de nove livros por pessoa.
Foram mais de 300 atrações nacionais e internacionais, cerca de 500 editoras, selos e distribuidoras e uma diversidade de títulos. Devido ao sucesso em todas essas quatro décadas a Bienal do Livro passa a ser Patrimônio Cultural do Livro do Rio de Janeiro. Com certeza foi a maior Bienal de todos os tempos.
Nota especial também para a literatura infantil com experiências imersivas, trazendo a magia das histórias, que extrapolam os livros, e ganha as emoções da criançada, com apresentação teatral de grandes clássicos como Alice no País das Maravilhas, dentre outros.
Esse título, concedido pela Unesco e por representantes da indústria editorial mundial, contempla uma cidade, como reconhecimento da qualidade dos programas de promoção do incentivo à leitura; dedicado a toda a indústria livreira do Brasil. Hoje a Capital Mundial do Livro é Estrasburgo, uma Comuna na França.
O objetivo de se escolher anualmente a Capital Mundial do Livro é democratizar o acesso à leitura, com foco especial em jovens e em comunidades mais vulneráveis, com desenvolvimento de programas e atividades que promovam o livro e a leitura.
Por isso estamos vivenciando no nosso Estado uma grande produção literária com muitos salões e diversas feiras literárias, muito bem organizadas e obtendo grande sucesso.
Nada melhor ver tudo isso acontecendo em outubro, o mês dedicado ao Dia do Livro Nacional (29 de outubro), data histórica criada em 1810 em comemoração à fundação da primeira biblioteca brasileira, a Real Biblioteca, na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro.
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Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna