Folclore, sabedoria popular
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (18)
Leitores do Jornal A Tribuna
Pequeno em extensão territorial, o Espírito Santo é celeiro riquíssimo em tradições folclóricas, privilegiado pela sua posição geográfica, do povo e das raças que aqui se instalaram e que convivem numa grande e cordial fraternidade. Posso citar os brancos: alemães, poloneses, italianos, árabes, dentre outros. Importante lembrar que em fevereiro próximo comemoraremos 150 anos da imigração italiana no Brasil, considerada uma das maiores colônias do País.
Temos também os nossos irmãos pretos, de várias etnias, e também os povos originários. Somados a toda essa diversidade temos ainda grande contingente de japoneses e coreanos. E o resultado não poderia ser outro, a não ser termos um folclore amplo, rico, diverso, majestoso. Em uma região de praias, montanhas, com clima para todas as tradições e povos.
Comemoramos o Dia Nacional do Folclore em 22 de agosto. De origem inglesa “folklore”, significa “sabedoria popular”. Uma data de alerta sobre a importância da valorização e da preservação das muitas manifestações folclóricas do País, como Mula sem Cabeça, Saci Pererê, Curupira e até o Boto Cor de Rosa, lendas muito antigas e passadas de geração em geração.
Vários educadores defendem a tese, e eu concordo com eles, da importância de celebrarmos a data pela representatividade do folclore na cultura popular, tendo em vista que toda sociedade tem sua cultura, suas tradições, suas crenças e seus costumes. Afinal, o folclore é o saber popular que se valoriza que se perpetua ao longo das gerações.
É fundamental mantermos vivos os nossos mitos e as nossas lendas capixabas. Se termos como folclore e cultura forem descartados, esquecidos, as peculiaridades de uma imensa quantidade de folguedos, festas, artes, crenças e mitos, como também práticas do cotidiano vão acabar sendo deixadas de lado.
E assim encontramos em 2021 a cultura no município de Vila Velha e que, felizmente, a gestão atual tem dispensado toda a atenção no resgate e na preservação do patrimônio histórico e cultural canela-verde, dando dignidade à rica cultura da terceira cidade mais antiga do Brasil (1535), tendo agora na Casa da Memória de Vila Velha, na Prainha uma sala (Folclore na Vila) dedicada exclusivamente ao resgate do nosso folclore.
Um projeto com vasta programação que será levada para as escolas e comunidades, fruto da consolidada parceria entre a Prefeitura Municipal e a Academia de Letras de Vila Velha, do presidente poeta Horácio Xavier. Como sabemos e lembramos sempre: “Não se pode construir um futuro sem ter tido um passado. Um povo sem história é povo sem futuro. Vila Velha é o futuro presente!”
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Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna