TV Box: riscos fizeram Anatel bloquear aparelhos
Documento revela que os equipamentos causam uma série de problemas de segurança na rede dos usuários que utilizam esses dispositivos
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Um relatório técnico da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), concluído em dezembro de 2022, foi utilizado para fundamentar a decisão de bloquear as “caixinhas de TV” clandestinas, conhecidas como TV box.
Esse documento revela que os equipamentos de “gatonet” causam uma série de problemas de segurança na rede dos usuários que utilizam esses dispositivos.
São aparelhos não homologados, diferentes dos oficiais como as soluções Chromecast, do Google, ou Apple TV.
A Anatel estima que haja pelo menos de 5 a 7 milhões de exemplares em uso no País sem homologação da agência. No Estado, são cerca de 100 mil aparelhos de TV box piratas, que fornecem de forma clandestina sinal de TV por assinatura e de serviços de streaming, e vão ser bloqueados.
Os aparelhos usam a internet para receber os sinais da TV. Para isso, um servidor central “quebra” os códigos dos canais pagos e transmitem esse sinal para as caixinhas clandestinas, que também podem acessar serviços de streaming.
O relatório dos técnicos da Anatel mostrou que dispositivos TV box que não são homologados apresentam vulnerabilidades de segurança aos usuários.
E de acordo com o especialista em tecnologia Eduardo Pinheiro, quem adota esses recursos ilegais deixa vulnerável a sua rede doméstica.
“Esses dispositivos possuem vulnerabilidade, não são atualizados e facilitam a ação de hackers, que podem acessar a rede de internet da residência do usuário, e com isso os dispositivos nela conectados para obterem dados pessoais e dados bancários”, explica.
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Anatel vai bloquear sinal de aparelhos de TV pirata
Ajuda contra pirataria
A partir de março a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai contar com a ajuda da Agência Nacional de Cinema (Ancine) no combate à pirataria. A Ancine também vai fiscalizar sites e aplicativos que transmitem conteúdo pirata.
No início do próximo mês, a agência prevê assinar um Acordo de Cooperação Técnica com a Anatel, no qual serão definidas as metas e os planos de ação a serem implementados em conjunto pelas agências.
A medida permitirá que a Ancine atue de maneira coordenada com a Anatel, derrubando sites e apps piratas diretamente nos provedores de internet. O gatoflix (streaming de pirataria) é o alvo.
Uma das razões para a mudança na Ancine é que sites e aplicativos são avaliados como conteúdo pela Anatel, o que dificultava a atuação porque a Anatel entende ser responsável somente pelo setor de telecomunicações. Sites e aplicativos, diferentemente das caixinhas, não precisam ser homologados pela Anatel.
A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) estima que, por ano, o impacto da pirataria custe R$ 15 bilhões.
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> Roubo de dados
- Os consumidores dessas TVs box piratas correm riscos de terem seus dados, seja pessoais ou bancários, roubados por hackers e criminosos através desses sistemas.
- A Anatel constatou que criminosos instalam programa de computador espião, que permite que eles assumam o controle do aparelho pirata e capturem informações do usuário, como dados financeiros, documentos e fotos.
> Bloqueio
- Segundo a Anatel, a rede dos servidores centrais que levam os sinais ilegais para a TV box serão bloqueados.
- Cada um desses servidores tem um IP, uma espécie de CPF da máquina. O trabalho de bloqueio começa com uma denúncia ou identificação de que os servidores estão fornecendo conteúdo pirata.
- Com esses dados em mãos, a Anatel determina o bloqueio na rede desses servidores. As empresas prestadoras de serviço de internet é que farão o bloqueio.
Fonte: Anatel.
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