Mulher diz que estava drogada, e sexo em praia é investigado como estupro
Até então, a polícia havia dito que o caso era investigado como ato obsceno em lugar público
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A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro de vulnerável após uma cena de sexo a três em público em uma praia circular pela internet. O caso ocorreu na Praia de Iracema, um dos pontos turísticos mais visitados de Fortaleza.
A mulher trans envolvida no caso disse que estava sob efeito de remédio, droga e álcool.
Nesta terça (7) a corporação havia dito que o caso era investigado como ato obsceno em lugar público, o que também configura crime. Nesta quarta (8), a jovem prestou depoimento à polícia na Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza.
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Mulher que denunciou estupro na praia
As imagens, que mostram dois homens e uma mulher em uma cena de sexo explícito na orla da praia, foram gravadas por uma pessoa que passava no local. A polícia explicou que a divulgação e publicação das imagens de sexo explícito sem consentimento dos envolvidos também é tipificada como crime.
Em publicações no Instagram, a mulher contou que tomou um remédio controlado misturado com bebidas alcoólicas durante um evento de pré-Carnaval.
Ela disse ter "perdido a noção", ficado "desorientada" e com poucas memórias daquele dia, inclusive sem saber como chegou ao local onde foi filmada com os dois homens.
A jovem ainda disse que está passando "pelo pior momento da vida" e que sente muita vergonha. Ela afirmou ter sido perseguida devido à exposição e que tentaram puni-la.
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A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) disse que a mulher será acompanhada pelo Grupo de Apoio às Vítimas de Violência (Gavv) da Polícia Militar do Ceará.
Ainda conforme a pasta, também se compreende como estupro de vulnerável o sexo com uma pessoa "sem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência".
SEXO EM PÚBLICO É CRIME?
Transar em lugares públicos ou dentro do carro pode levar os envolvidos a responderem a um processo penal e até levar à detenção de três meses a um ano, ou multa.
O advogado Caio Ruiz, consultado pela reportagem, explicou que o caso em questão pode ser entendido como "crime de ato obsceno, previsto no artigo 233 do Código Penal". A contravenção descrita inclui atos realizados abertos ou expostos ao público.
"A ideia é justamente coibir tais atos que são uma afronta principalmente às crianças e idosos. Nesse crime o objetivo não é importunar sexualmente alguém, mas realizar obscenidades sem se preocupar com pessoas ao redor", explicou.
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