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DOUTOR JOÃO RESPONDE

“Dr. João responde” de volta à TV

Artigo publicado na coluna "Dr. João responde", do Jornal A Tribuna

João Evangelista Teixeira Lima | 31/01/2023, 14:51 h | Atualizado em 31/01/2023, 14:53
Doutor João Responde

Dr. João Evangelista


Decorridos três anos, finalmente domesticamos o vírus letal. Não foi tarefa fácil. Tosse, febre, cefaleia, falta de ar! Ah, o horror de morrer entubado num hospital, sem vacina, sem drogas eficazes, sem esperança!

O alerta veio da China, mas chegou atrasado. O coronavírus grassou impiedosamente. Apesar do erro, esse país não teve culpa, uma vez que vírus e mutações sempre fizeram parte do sistema evolutivo da natureza. Infelizmente, debitar uma doença na conta de alguém é algo que se repete desde que o mundo é mundo. 

Apesar do coronavírus já ter se manifestado antes, como ocorreu com o SARS-CoV, em 2002, e com o MERS-CoV, em 2012, insistimos em apontar o outro como culpado pelo mal e acusá-lo de semear o contágio. 

Um exemplo bem conhecido ocorreu com a gripe espanhola. Houve quem acreditasse que essa enfermidade era uma arma química, inventada na Alemanha, fabricada pelo laboratório Bayer e espalhada por espiões que desembarcaram de madrugada dos submarinos nos portos das cidades inimigas e destampavam cuidadosamente os tubos de ensaios repletos de germes. Diante de flagelos, procuramos por bodes expiatórios e milagres.

Abstrato e solto no espaço, o coronavírus mostrava sua cara ao Brasil. Vacinas eram promessas distantes. Cloroquina, nitazoxanida, ivermectina, azitromicina, nada fazia efeito. Pessoas morriam diariamente, entregues ao sistema imunológico, que decidia qual seria o destino de cada um.


          Imagem ilustrativa da imagem “Dr. João responde” de volta à TV
|  Foto: Antonio Moreira

Máscara no rosto, álcool gel nas mãos e isolamento social. Apavorado pela perspectiva de adoecer, tranquei-me em casa. Dormia e acordava cedo. Lia tudo que aparecia na literatura científica sobre o SARS-CoV-2, mas pouco encontrava. 

Meus Deus, eu questionava! Um chinesinho come um morcego num mercadinho em Wuhan e desencadeia a maior catástrofe virológica do planeta. 

Aqui estou eu, vivendo a pandemia no pior País para se viver uma pandemia, lugar onde vicejam teorias de conspiração e negacionismo.

“Por que o senhor está com a máscara no queixo”?, pergunta um transeunte.

“Pra tomar um arzinho!”, responde o ingênuo cidadão.

Naquela época, durante uma entrevista ao  “Tribuna Notícias”, passei 30 minutos teorizando sobre a pandemia. Pouco sabíamos sobre os mecanismos de ação do vírus. Jamais poderíamos imaginar que o maior perigo não é a ação do vírus no organismo, mas do organismo diante do vírus. 

Com o passar do tempo aprendemos a lidar com as denominadas “tempestades de citocinas”, reações imunológicas provocadas por anticorpos que, de maneira descontrolada, lesam o corpo debilitado pela doença.

Surgem, finalmente, as vacinas, essas armas milagrosas que treinam o sistema imune para defender o corpo do inimigo invisível.

O programa “Dr. João responde” foi exibido até o início de 2020. Aí veio a pandemia. Eu era otimista e virei pessimista, essa arma da cautela.

Estou retornando às ruas levando conselhos médicos. Abençoado pela prudência, volto alimentado de otimismo.

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