Grandes empresas anunciam ampliação, nova usina e empregos
Vale projeta unidade de dessalinização e vai ter vagas, assim como a Samarco, que ampliará produção. ArcelorMittal também fez anúncios
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Usina da Vale para tirar o sal da água do mar. Operação de um novo mineroduto e ampliação da produção na Samarco. Ampliação de linhas para agregar valor ao aço produzido no Espírito Santo pela ArcelorMittal.
Esses foram alguns dos investimentos anunciados pelas empresas durante o painel Mineração, Siderurgia, Papel e Celulose, na feira Mec Show, nesta semana, no Pavilhão de Carapina, na Serra.
A Vale anunciou que vai precisar de novos profissionais para trabalhar em melhorias de sua planta em Tubarão, com a previsão de contar, ao todo, com 7.165 empregados, entre diretos e terceirizados, já em outubro deste ano.
A empresa tem, atualmente, 21 projetos em andamento. E entre os planos futuros está a construção de sua usina de dessalinização da água do mar, a exemplo do que já realizou a ArcelorMittal Tubarão.
A proposta está em fase conceitual e tem como objetivo aumentar a sustentabilidade, segundo o gerente de Projetos de Engenharia do Complexo de Tubarão da Vale, Renato Gomes de Souza.
Ele destacou ainda o investimento, em curso, da substituição do sistema de queima das usinas, que ajudará a mineradora a ganhar em produção e reduzir emissões.
Já a Samarco vai, no início do próximo ano, ativar um novo mineroduto e ampliar a produção em Ubu, Anchieta. A empresa hoje opera com 26% de sua capacidade — após voltar à ativa em 2020, depois de ficar paralisada devido à tragédia em Mariana (MG), em 2015.
O novo mineroduto vai permitir a ampliação da produção para até 32% da capacidade, o que, segundo o gerente-geral de Operações da Samarco, Alysson Werneck Pereira, “vai criar empregos e ampliar as oportunidades de negócios”.
Pereira destacou que a Samarco passou a fazer mineração de uma nova maneira, ampliando a responsabilidade e minimizando riscos. E falou ainda do uso de resíduo do mármore produzido no Estado como coproduto para elaborar o ferro, dando nova destinação às rochas ornamentais capixabas.
A ArcelorMittal está em processo de aquisição da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, e investe na expansão da galvanização na unidade de Vega, em Santa Catarina, que vai agregar valor ao aço produzido no Estado.
“O aço passa a ter maior resistência à corrosão, por exemplo”, citou o diretor de Operações da ArcelorMittal Tubarão, Erick Torres.
O que destacaram as empresas na Mec Show
- Vale
O gerente de Projetos de Engenharia do Complexo de Tubarão da Vale, Renato Gomes de Souza, frisou que para este ano são 21 investimentos em Tubarão, enquanto serão 23 para o próximo ano e 24 para 2024.
Um cronograma de mão de obra foi exibido. Nele, é prevista a necessidade de 7.165 profissionais nos projetos em Tubarão já em outubro. Para setembro de 2023, esse número é previsto em 6.671 empregados.
Entre as melhorias em Tubarão, estão a substituição de máquinas do pátio, a substituição do sistema de queima das usinas e o uso de tecnologias e solução pré-montadas.
- ArcelorMittal
O diretor de Operações da ArcelorMittal Tubarão, Erick Torres, falou sobre a usina dessalinizadora, já concluída, com processamento de 500 metros cúbicos de água por hora. O projeto é o maior do gênero no Brasil. Falou ainda da quarta bateria de coque e da selagem do gasômetro entre os projetos já finalizados.
Entre os projetos em implantação pela siderúrgica, o executivo enalteceu o Cold Mill Complex, na unidade Vega, em Santa Catarina, que vai agregar valor ao aço produzido no Espírito Santo, dando maior resistência contra a corrosão, por exemplo. O investimento é de R$ 1,9 bi.
- Samarco
o gerente-geral de Operações da Samarco, Alysson Werneck Pereira, apresentou detalhes sobre a mineradora, que tem capacidade de produzir 30 milhões de toneladas anuais.
Com um novo mineroduto, a produção vai subir dos atuais 26% da capacidade para até 32% já no início de 2023. A empresa tem em Minas e no Espírito Santo 9 mil colaboradores, sendo 1.500 diretos, e vai abrir novas oportunidades com a ampliação.
A projeção é de aumentar a produção para 60% da capacidade em 2026 e chegar a 100% em 2029.
Fonte: Executivos citados.
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