Salário alto e benefícios para segurar talentos em empresas no Estado
Está havendo um verdadeiro leilão de profissionais na área da Tecnologia da Informação
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Está havendo um verdadeiro leilão de profissionais na área da Tecnologia da Informação. Disputados, os profissionais acabam indo para as empresas que pagam mais. E uma “roubando” profissionais da outra.
“O salário está ficando quase insustentável. O profissional que não ganha mal, pede conta para ganhar o dobro”, contou o diretor executivo Sankhya-ES, Renato William.
Na avaliação da coordenadora dos cursos de Tecnologia da Informação (TI) da UVV, Susileia Abreu dos Santos Lima, como está tendo muita oferta de vagas, quem paga o melhor salário ou mesmo tem a melhor reputação no mercado, consegue atraí-los.
Para ela, uma preocupação que essas empresas precisam ter é como reter esses profissionais. Mesmo oferecendo um bom salário, há outros recursos que podem fazer a diferença na hora de manter um talento.
Entre eles, estão um ambiente de trabalho agradável, boa relação com o gestor, respeito, reconhecimento, flexibilidade de horário, home office e ajuda de custo. As empresas, segundo Susileia, precisam ter um olhar diferente para esses profissionais e encontrar formas de retê-los.
Ela reiterou que nem é só questão salarial. Trata-se de profissionais que trabalham em busca de desafios e desenvolvimento, e que não entram em uma empresa para trabalhar ali até se aposentar.
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“Se o profissional fica fazendo a mesma coisa um ano, dois anos, ele vê que está estagnado e busca novos desafios. As empresas precisam fornecer meios de eles se atualizarem e sentirem que elas investem neles.”
O presidente da Associação Capixaba de Tecnologia do Estado (Act!on), Emílio Augusto Barbosa, explicou que as empresas no Estado estão enfrentando um grande desafio. “A nossa moeda está desvalorizada. O mercado brasileiro e mundial está contratando, e o Espírito Santo está sem condições de concorrer com esses mercados em termos de salário.”
Mas, nesse leilão há um limite. Ele explicou que chega uma hora em que não compensa para a empresa aumentar mais o salário do profissional, porque ela não pode repassar esse custo para os clientes. O problema é que empresas maiores, além de pagar melhor, também conseguem oferecer benefícios.
“Precisamos promover a inovação, para que essa inovação seja uma forma de reter talentos”, destacou.
HÁ EMPRESAS QUE NÃO EXIGEM DIPLOMA
Salário
- O salário varia de acordo com cada função. Mas, em média, os salários iniciais são de R$ 2.500. Chegando a posição sênior com R$ 12 mil.
- Mas, profissionais que trabalham para empresas de outros países relatam receber até R$ 30 mil.
Limite
- Está havendo um leilão de profissionais no mercado. Uma empresa contrata um profissional, outra oferece um salário melhor e consegue atraí-lo. Empresas maiores, que pagam melhor, têm maior poder de negociação.
- A questão é que existe um limite. Chega um momento em que não vale mais a pena pagar mais para um profissional, já que não é possível repassar esse custo para o cliente.
- Dessa forma, as empresas precisam buscar estratégias inovadoras para reter talentos. E aí entra a criatividade para oferecer uma série de benefícios que façam um colaborador continuar na firma, mesmo sendo procurado por outras corporações.
Benefícios
- Home office: hoje os profissionais estão, praticamente, exigindo o home office como um benefício na área. Se a empresa em que ele trabalha não oferecer essa possibilidade, ele facilmente consegue uma oportunidade em outra que ofereça.
- Cuidado com saúde mental: empresas que se preocupam com a saúde mental de seus funcionários e oferecem algum tipo de apoio neste sentido, também saem na frente.
- Oportunidade: oferecer oportunidades para o colaborador se desenvolver, adquirir novos conhecimentos, faz com que ele se sinta valorizado.
- Plano de carreira: ter uma perspectiva de crescimento dentro da empresa também é importante.
Oportunidades
- A falta de profissionais no mercado a nível estadual, nacional e mundial é tão grande que as empresas procuram os profissionais, e não o contrário.
- Elas abordam principalmente pela rede social LinkedIn. Chama mais atenção a rede social de profissionais que trabalharam em grandes empresas e que têm inglês fluente.
Estratégias
- Carentes de mão de obra, as empresas estão procurando profissionais com níveis superior, técnico, ou até mesmo aqueles que aprenderam programação em cursos livres.
- O importante para elas é ter o profissional que saiba fazer o trabalho que elas precisam, independente de diploma.
- E mesmo que ele não chegue preparado, elas próprias estão terminando de preparar esses profissionais, oferecendo cursos, treinamentos, capacitação.
Mulheres ainda são minoria
- Nas faculdades, os número de mulheres fazendo cursos na área de Tecnologia da Informação ainda é pequeno. Na UVV, por exemplo, 13% do número total de matriculados na área são mulheres.
- Embora o número seja pequeno, ele vem crescendo.
- Especialistas apontam que muitas vezes essas profissões não são apresentadas para as meninas como caminhos possíveis.
- Por uma questão cultural, a própria família acaba induzindo as mulheres a buscarem cursos que envolvem cuidado, como Enfermagem, Medicina, Odontologia.
Fonte: Especialistas citados na reportagem.
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