Jovem que teve barriga aberta em praia de Guarapari segue internado
Família afirma que ele e a jovem que o acompanhava foram vítimas de ataque criminoso
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O jovem, de 20 anos, que foi encontrado com um corte profundo na barriga e parte do intestino exposto, em uma praia de Guarapari segue internado. A informação foi passada pelo advogado que representa as famílias dos dois jovens, Lécio Machado, em nota enviada à reportagem de UOL.
O caso ocorreu na madrugada do dia 16, na Praia do Ermitão, localizada no Parque Municipal Morro da Pescaria, que é acessada por meio de uma trilha de cerca de 1 km. No entanto, o assunto viralizou nas redes sociais após vazamento de informações no domingo (30).
De acordo com Lécio Machado, os dois têm recebido o atendimento médico-hospitalar necessário e se encontram em recuperação do ocorrido.
"Compreensivelmente, as famílias dos jovens, em comum acordo, preferiram manter, até o momento, os fatos sob sigilo, com o único objetivo de preservar a identidade das vítimas e garantir à elas um ambiente adequado para a necessária recomposição emocional e física, dado que inegavelmente sofreram demasiada violência física e psicológica ao serem vítimas do crime, agora tornado público", afirma o texto.
No dia do crime, o jovem foi socorrido pelo Serviço Municipal de Atendimento de Urgência (Samu) e levado, em estado grave, ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória, a cerca de 50 km do local, onde passou por cirurgia. Ele foi transferido para o Vitória Apart Hospital, onde permanece internado.

A jovem também foi socorrida. Segundo o boletim de ocorrência, os pais da garota a levaram para um hospital em Anchieta, a cerca de 30 km da praia. A menina tinha cortes na mão, perna e hematomas na cabeça. Ela afirmou à Polícia Militar que não se lembrava do que havia acontecido.
Imagens ajudam em investigação
O caso segue em investigação pela Polícia Civil e imagens de câmeras de videomonitoramento do parque municipal flagraram o momento em que o casal entrou no local e quando a garota saiu em busca de socorro. Os jovens teriam subido pelas pedras, já que o portão estava fechado desde as 18h.
Por volta das 4h do dia 16, a jovem teria saído do local em desespero, em busca de ajuda, feito contato telefônico com os pais e pedido ajuda a um segurança do parque.
Em nota, a Polícia Civil informou à reportagem que a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, faz diligências para solucionar o caso. "Até o momento não há como afirmar que a namorada da vítima esteja envolvida. Nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto", finalizou a nota.
As imagens não mostraram movimentação de outras pessoas na reserva, mas uma nova perícia no local e outras imagens podem ser solicitadas durante a investigação. Até o momento, os jovens ainda não foram ouvidos pela delegacia.
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Guarapari informou que na madrugada do ocorrido, o vigia noturno do Parque Morro da Pescaria foi abordado com o pedido de socorro da mulher. "O vigia acionou a administração do parque e logo foi feito contato com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros", afirma o texto, enviado ao UOL.
Confira a nota das famílias na íntegra:
"Considerando a grande repercussão social e o elevado número de especulações fantasiosas lamentavelmente divulgadas sobre o triste fato ocorrido com um jovem casal, no último dia 16 de janeiro de 2022, na Praia do Ermitão, no município de Guarapari-ES, as famílias envolvidas no caso resolveram em conjunto vir a público, através do seu advogado, Dr. Lécio Machado, sócio do escritório Silveira, Garcia & Machado Advocacia Especializada, para esclarecer que os seus filhos foram vítimas de uma ação criminosa e violenta praticada por terceiros ainda desconhecidos, durante um lual que realizavam à dois naquela data e localidade.
Compreensivelmente, as famílias dos jovens, em comum acordo, preferiram manter, até o momento, os fatos sob sigilo, com o único objetivo de preservar a identidade das vítimas e garantir à elas um ambiente adequado para a necessária recomposição emocional e física, dado que inegavelmente sofreram demasiada violência física e psicológica ao serem vítimas do crime, agora tornado público.
O casal tem recebido todo o atendimento médico-hospitalar necessário e encontra-se em pleno processo de recuperação.
Confiamos nas investigações promovidas pela 5a Delegacia Regional de Polícia Civil de Guarapari e esperamos que os responsáveis pelo crime sejam encontrados e punidos.
Guarapari-ES, 31 de janeiro de 2022."
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