Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

TRIBUNA LIVRE

Aumento no custo da construção

Paulo Baraona | 04/01/2022, 10:17 h | Atualizado em 04/01/2022, 10:18
Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna


A indústria da construção vem registrando aumentos persistentes nos custos do setor. Segundo estudo elaborado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), de janeiro a novembro de 2021, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 13,46%. O indicador está em seu maior patamar desde 2003.

Desde o início do segundo semestre de 2020 os materiais de construção vêm registrando forte aceleração. O INCC Materiais e Equipamentos registrou aumento de 42,25% de julho de 2020 a novembro de 2021. Neste período, os insumos que apresentaram as maiores elevações foram:  vergalhões e arames de aço ao carbono (+92,44%), condutores elétricos (+72,10%), tubos e conexões de PVC (+69,09%), eletroduto de PVC (+53,94%), esquadrias de alumínio (+44,40%), compensados (+43,32%), produtos de fibrocimento (+39,53%) e tijolos e telhas cerâmicas (+38,75%). 

Apesar da elevação constante nos insumos, a construção está se recuperando de forma lenta, já que o desempenho apresentado nos últimos 10 anos não foi bom. Mesmo assim, o setor ainda está 27,44% inferior ao seu pico de atividades, alcançado no início de 2014. 

Recuperou-se também parte das vagas de empregos perdidas nos últimos anos. Nos primeiros 10 meses de 2021 foram criados cerca de 285 mil novos empregos formais no setor, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Com os saldos positivos recentes, a construção chega a quase 2,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada no País, patamar que não era alcançado desde 2016.

Este cenário se mantém também no Espírito Santo, onde registrou-se um saldo positivo de 4.952 empregos formais de janeiro a outubro de 2021, chegando ao total de 51.820 trabalhadores formais. 

Em 2021, o mercado imobiliário registrou incremento nos lançamentos e vendas no Estado. O número de unidades lançadas de janeiro a setembro chega a 3.762.

O ponto de preocupação está no preço dos imóveis, que deve sofrer reajuste nos próximos meses, já que o preço não acompanhou o aumento do INCC.

Quando avaliamos concessão de crédito imobiliário com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no País, percebemos uma queda significativa em 2021, tanto em valor financiado, com queda de 14,10% (até 9 de dezembro em relação ao total do ano anterior), quanto no número de unidades financiadas, que caiu 17,05% na mesma base de comparação. Os índices demonstram o impacto nas famílias de mais baixa renda, onde está concentrado 90% do déficit habitacional. 

Para este ano, o estudo da CBIC projeta um crescimento de 2% na construção, caso a economia brasileira cresça entre 0,5 e 1,0%. O crescimento inferior ao de 2021 se deve, de acordo com a entidade, pela alta das taxas de juros dos financiamentos, a queda do poder de compra da população e o mercado de trabalho fragilizado.

Nossa expectativa é de que neste ano o crescimento seja sustentado pelas obras que já estão contratadas e, especialmente, pelo incremento nos investimentos públicos e privados em infraestrutura, principalmente em programas de logística e transporte. 

Paulo Baraona é presidente do Sinduscon-ES.

SUGERIMOS PARA VOCÊ:

Tribuna Livre

Tribuna Livre, por Leitores do Jornal A Tribuna

ACESSAR Mais sobre o autor
Tribuna Livre

Tribuna Livre,por Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre

Leitores do Jornal A Tribuna

Tribuna Livre